domingo, 21 de setembro de 2014

Justiça nega pedido de Fernando Pimentel para anular ação em que ele é acusado de desviar R$ 5 milhões da PBH

Justiça nega pedido de Fernando Pimentel para anular ação  em que ele é acusado de desviar R$ 5 milhões da PBH
COMPARTILHE

Processo criminal contra Pimentel tramita no Tribunal de Justiça de Minas; petista possui histórico de envolvimento em atividades irregulares
O candidato ao Governo de Minas pelo PT, Fernando Pimentel, é acusado de desviar R$ 5 milhões dos cofres da Prefeitura de Belo Horizonte. O processo criminal contra o petista tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Pimentel responde, ainda, a outros quatro processos por corrupção, segundo informa a edição deste fim de semana da revista “Isto É”. Fernando Pimentel é acusado de fraude em licitação no período em que foi prefeito da Capital, em 2004. No processo, Pimentel responde pelo desvio de recursos públicos destinados à implantação do projeto Olho Vivo, voltado à instalação de 72 câmeras de monitoramento para uso dos órgãos de segurança pública.
Conforme descreve o Ministério Público Estadual, o convênio firmado por Fernando Pimentel foi um “ardiloso estratagema”, que contou com uma ilegal dispensa de licitação, notas fiscais frias e serviços superfaturados. Parte do dinheiro desviado da Prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão do petista foi destinada para contas no exterior, segundo o processo. Além do candidato petista, o esquema criminoso também envolve o ex-procurador-geral de Belo Horizonte e atual tesoureiro da coligação que sustenta a candidatura de Pimentel ao Governo de Minas, Marco Antônio de Resende Teixeira.
Ainda segundo informa a edição nacional da revista, Pimentel apresentou um recurso junto à Justiça na tentativa de engavetar o processo. Porém, no último dia 2 de setembro os desembargadores do TJMG negaram o pedido do petista para anulação do processo criminal que investiga o desvio de R$ 5 milhões dos cofres municipais. A decisão da Justiça mantém o petista na condição de um dos candidatos a cargo majoritário com o maior número de problemas judiciais em todo o país. Segundo o Portal Transparência Brasil, Fernando Pimentel é alvo de três ações por improbidade administrativa e duas ações civis públicas movidas pelo Ministério Público.
Fernando Pimentel também é investigado em outro processo, que apura superfaturamento na construção de casas populares. Nesse caso, o então prefeito Pimentel fez parceria com uma ONG, sem licitação, para a construção das casas. Os laudos em poder da Justiça revelam superfaturamento de R$ 9,1 milhões. O custo inicial da obra era de R$ 12,7 milhões, mas aditivos irregulares, segundo o Ministério Público, fizeram com que a município desembolsasse R$ 26,7 milhões quando Pimentel era prefeito. Mais de 700 casas sequer foram entregues. Além disso, uma empreiteira beneficiada pelo desvio de recursos da prefeitura doou R$ 235 mil para a campanha de Pimentel em 2004.
Histórico de irregularidades
Pimentel possui amplo histórico de envolvimento com irregularidades e atividades suspeitas. De 2009 a 2010, o petista faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa, a P-21 Consultoria, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo de Dilma Rousseff, quando assumiu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, conforme revelou à época o jornal “O Globo”. Há a suspeita de que as tais consultorias sequer foram prestadas – ainda assim, ele embolsou os recursos. Em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, o suposto caso de enriquecimento ilícito que recai sobre o petista foi classificado como “Bolsa Consultoria de Pimentel”.
Em outra ação que maculou a imagem do petista, a revista “Veja” revelou que Fernando Pimentel, já no cargo de ministro no governo Dilma, costumava frequentar o chamado “gabinete da conspiração” montado por José Dirceu em um hotel de Brasília. Imagens obtidas pela revista mostram Pimentel se reunindo com o mentor do Mensalão, meses antes de Dirceu ser condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal. À revista, Pimentel confirmou que conversava “esporadicamente sobre cenários políticos e econômicos” com Dirceu, que hoje cumpre pena na Penitenciária da Papuda, em Brasília, condenado pelo maior esquema de corrupção da história da República, que envolveu a cúpula do PT. http://www.youtube.com/watch?v=EGJSsspLM4k

Nenhum comentário: