sábado, 27 de setembro de 2014
Imagem Ilustrativa: Reprodução/Redes Sociais |
Nesta
sexta-feira, 27 generais do Exército divulgaram carta com críticas à
Comissão da Verdade e ao ministro Celso Amorim. Presidente diz que
Estado brasileiro divulgará resposta e que "uma lei foi aprovada pelo
Congresso (...) vivemos numa democracia e leis precisam ser sempre
cumpridas".
Brasília - A
presidente Dilma Rousseff respondeu com irritação ao ser questionada
sobre o manifesto assinado por 27 generais de Exército com críticas à
Comissão da Verdade e às declarações do ministro da Defesa, Celso
Amorim, de que as Forças Armadas aprovaram e praticaram atos que
violaram direitos humanos no período militar. No manifesto, os generais,
todos integrantes do mais alto posto da Força, disseram que "do
Exército de Caxias não virão desculpas". Dilma reagiu declarando que
"quem não quiser pedir (desculpas), que não peça". Avisou, no entanto, que haverá um posicionamento do Estado brasileiro porque esta foi uma lei aprovada pelo Congresso.
Apesar de
afirmar que não ia comentar o episódio, a presidente Dilma citou que
"acredita piamente na democracia" e que "leis no Estado democrático de
direito têm de ser cumpridas". A presidente citou ainda que, quando a
Comissão Nacional da Verdade foi formada, estavam presentes na
solenidade todos os ex-presidentes da etapa democrática do País. "Então,
eu me permito não responder sua pergunta. Só dizer que nós vivemos numa
democracia e que leis serão sempre cumpridas", desabafou.
O governo quer
evitar, a todo custo, polêmica sobre este tema no meio das eleições
presidenciais. Por isso, adiou para o final do ano a conclusão do
relatório final pela Comissão Nacional da Verdade. Só que, enquanto
isso, os integrantes da comissão estão tentando ouvir militares e
visitar quartéis e unidades onde consideram que teriam ocorrido práticas
de abuso de direitos humanos. A exigência da comissão de que um pedido
de desculpas teria de ser formalizado pelas Forças Armadas irritou os
militares, que repudiaram a ideia e emitiram o manifestado publicado
pelo Estado.
Em recente declaração, o coronel reformado Pedro Moézia afirmou que o país caminha, inevitavelmente, para uma guerra civil "sangrenta" e que os militares lutarão com tudo que tiverem em mãos. Assista:
Em recente declaração, o coronel reformado Pedro Moézia afirmou que o país caminha, inevitavelmente, para uma guerra civil "sangrenta" e que os militares lutarão com tudo que tiverem em mãos. Assista:
TÂNIA MONTEIRO - O ESTADO DE S. PAULO
COLABOROU RICARDO DELLA COLETTA
Editado por Folha Política
http://www.folhapolitica.org/2014/09/apos-manifesto-de-generais-dilma-volta.html?m=1
http://www.folhapolitica.org/2014/09/apos-manifesto-de-generais-dilma-volta.html?m=1
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