quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Valadarense era copiloto no avião de Eduardo Campos

Geraldo Magela Barbosa da Cunha formou-se piloto no USA e atualmente trabalhava no Brasil. Ele atuava como copiloto e morreu com outros seis ocupantes do jato acidentado
FOTO: Arquivo Pessoal

GERALDO MAGELA era Valadarense e formou-se piloto no USA. Atualmente trabalha no Brasil e era o copiloto no jato em que estava Eduardo Campos e que caiu em Santos/SP.

GOVERNADOR VALADARES -
O trágico acidente aéreo que matou o ex-governador de Pernanbuco e candidato a presidência da república, Eduardo Campos (PSB), ceifou a vida também de um valadarense, Geraldo Magela Barbosa da Cunha era piloto e atuava como copiloto no voo que levava Eduardo Campos. A acidente aconteceu na manhã desta quarta-feira (13), após o avião tentar um pouso e arremeter por causa do mal tempo. Sete pessoas morreram, cinco passageiros além da tripulação composta por Geraldo Magela e o piloto do avião.
De acordo com informações do Comando da Aeronáutica, por volta das 10h a aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião, que caiu sobre um bairro residencial em Santos.
Geraldo Magela, carinhosamente chamado de Magelinha pelos familiares e amigos mais íntimos, era valadarense e completaria 45 anos no dia 15 de setembro. Casado, ele deixou um filho de 4 anos e a esposa, que mora nos USA está grávida de uma menina. Ela viajaria para o Brasil na próxima segunda para encontrar o marido e familiares.
De acordo com Eduardo Cunha, irmão de Magelinha, como muitos valadarenses, ele migrou para os Estados Unidos no fim dos anos 80 e início de 90 e trabalhou e estudou para realizar o sonho de ser piloto de avião. "Ele foi naquela primeira leva de imigrantes que foram para a 'América'. Lá ele trabalhou em um cassino em Atlantic City, onde morava. O sonho dele era ser piloto de avião, então estudou para isso e conseguiu", contou Eduardo.
O irmão disse que Geraldo Magela trabalhou por muitos anos como piloto nos USA, voltando ao Brasil quando o país norte americano entrou em crise, o que o levou a ficar desempregado. "Com a crise, o Magela ficou desempregado e como aqui no Brasil o mercado para pilotos estava crescendo, ele voltou ao país. Aqui trabalhou na TAM e atualmente trabalhava como piloto privado. Ele era muito competente e experiente como piloto", assegurou.
Eduardo disse que não sabia que o irmão estava trabalhando no voo acidentado e que assistia à notícia pela televisão quando um parente ligou dizendo que Geraldo estava no avião acidentado. "Não sabia que ele estava trabalhando na campanha. Eu estava vendo o acidente pela televisão quando uma tia me ligou de Timóteo [no Vale do Aço] e disse: 'seu irmão trabalha para esse homem que morreu no acidente'. Ai fiquei sabendo que ele estava como copiloto naquele voo. Na hora não acreditei mas, minha mãe, que estava em uma consulta viu falarem o nome dele na TV e me ligou contando", contou sem esconder o choque com a notícia.
A esposa e o filho de Geraldo Magela moram nos Estados Unidos da América e estavam de passagem marcada para a próxima segunda-feira para o Brasil. Geraldo, em telefonema recente, disse à mãe, Odete Cunha, de 86 anos, que "estava com saudades e não via a hora de encontra a prole", referindo-se ao filho e a esposa, que está grávida de uma menina.
Magela era, segundo amigos e familiares, apaixonado pelo voo, chegando inclusive a praticar vôo livre com asa delta em Valadares.
Até o fechamento desta edição a família ainda não tinha notícias sobre o corpo de Geraldo Magela, que deverá ser liberado somente após a perícia da Polícia Federal realizar a identificação por meio de exames de DNA, conforme divulgado pela imprensa nacional.
O ACIDENTE
Chovia no momento do acidente. Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Segundo bombeiros, 13 residências foram atingidas pelos destroços. A aeronave caiu por volta das 10h. De acordo com o Comando da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, estava com o certificado de aeronavegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia. Quando se preparava para pouso, a aeronave arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião.
A bordo da aeronave, estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros: Eduardo Campos, candidato à Presidência; Alexandre da Silva, fotógrafo; Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor de imprensa; Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto; Marcos Martins, piloto; Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira, cinegrafista. Nenhum dos ocupantes da aeronave sobreviveu.
Seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Marcos Palumbo, a equipe deve permanecer por alguns dias no local onde caiu um avião. De acordo com ele, foram detectados destroços da aeronave em 13 pontos, o que dificulta a localização e retirada dos corpos das vítimas e também da caixa-preta. "A previsão é de muito trabalho para buscar os corpos das vítimas e a caixa-preta. Será um trabalho exaustivo, possivelmente devemos passar alguns dias aqui", disse à Agência Brasil.
O capitão disse ainda que os bombeiros vão trabalhar dia e noite. No total, 45 homens estão no local. O avião atingiu casas, academias e lojas comerciais. "É um local que está muito prejudicado tendo em vista a grande amplitude do impacto da aeronave".

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