terça-feira, 5 de agosto de 2014

Romeu Tuma Jr. é levado para sede da PF em SP para depor sobre livro

05/08/2014 17h12 - Atualizado em 05/08/2014 18h19

Polícia Federal disse que ex-secretário nacional foi ouvido e depois liberado.
Ao G1, ele relatou truculência da polícia e afirmou não ter acesso a inquérito.

Do G1 São Paulo
Romeu Tuma Júnior foi levado para sede da PF e
prestou depoimento em SP (Foto: Agência Brasil)
O Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, durante reunião do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, no final de abril (Foto: Agência Brasil) O ex-secretário nacional de Justiça e advogado Romeu Tuma Júnior foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo na manhã desta terça-feira (5) para prestar depoimento sobre citações de supostos crimes narrados por ele no livro "Assassinato de Reputações – Um crime de Estado". Ele recebeu a intimação por agentes da PF no escritório de advocacia onde trabalha, no bairro Bom Retiro, e depois seguiu no próprio carro para a sede da Polícia Federal.
Em nota, a PF informou que recebeu representação do senador Aloysio Nunes Ferreira com uma reportagem sobre trechos relatados no livro e que, desde o mês de fevereiro, intimou Tuma Júnior por diversas vezes para que ele pudesse esclarecer os fatos mencionados na obra, mas não respondeu a nenhuma delas. O advogado negou informação e afirmou não ter acesso a inquérito.
A Polícia Federal disse que foi necessário determinar a condução coercitiva - quando alguém é levado a algum lugar contra a sua vontade - para que Tuma Junior comparecesse na Superintendência em São Paulo e prestasse informações que auxiliassem na investigação. O depoimento foi realizado e a testemunha logo após liberada, segundo a nota.
Ao G1, Tuma Jr. negou que não tenha comparecido às intimações e afirmou que compareceu três vezes à Superintendência da PF, uma delas acompanhado de sua advogada. "A primeira vez eu fui e o delegado não estava. Na segunda vez, o escrivão disse que o delegado não estava e me deu uma certidão de que eu estava dispensado. Em nenhum momento, me deixaram ver os autos. Não tem inquérito", disse.
O ex-secretário nacional de Justiça também questionou a postura dos agentes na chegada ao escritório dele e relatou truculência da polícia, antes de seguir em seu carro para a sede da PF prestar depoimento. "Eu já tinha respondido às perguntas de uma delegada de Brasília por ofício há dois meses e meio. Achei que estava tudo esclarecido. Mas quando cheguei lá [na Superintendência], descobri que não tinham enviado. Então disse: vou ratificar o que eu relatei no ofício", completou.
Tuma Jr. disse ainda que vai entrar com representação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no Ministério Público contra a diligência dos policiais federais. "Não tenho dúvidas de que foi alguma ordem que o delegado recebeu para me dar um susto. Foi um abuso, uma afronta", defendeu. A PF informou que não vai comentar as alegações do ex-secretário nacional de Justiça.

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