05/08/2014 17h12
- Atualizado em
05/08/2014 18h19
Polícia Federal disse que ex-secretário nacional foi ouvido e depois liberado.
Ao G1, ele relatou truculência da polícia e afirmou não ter acesso a inquérito.
Romeu Tuma Júnior foi levado para sede da PF e
prestou depoimento em SP (Foto: Agência Brasil)
prestou depoimento em SP (Foto: Agência Brasil)
O ex-secretário nacional de Justiça e advogado Romeu Tuma Júnior foi
levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo na
manhã desta terça-feira (5) para prestar depoimento sobre citações de
supostos crimes narrados por ele no livro "Assassinato de Reputações –
Um crime de Estado". Ele recebeu a intimação por agentes da PF no
escritório de advocacia onde trabalha, no bairro Bom Retiro, e depois
seguiu no próprio carro para a sede da Polícia Federal.
Em nota, a PF informou que recebeu representação do senador Aloysio
Nunes Ferreira com uma reportagem sobre trechos relatados no livro e
que, desde o mês de fevereiro, intimou Tuma Júnior por diversas vezes
para que ele pudesse esclarecer os fatos mencionados na obra, mas não
respondeu a nenhuma delas. O advogado negou informação e afirmou não ter
acesso a inquérito.
A Polícia Federal disse que foi necessário determinar a condução
coercitiva - quando alguém é levado a algum lugar contra a sua vontade -
para que Tuma Junior comparecesse na Superintendência em São Paulo
e prestasse informações que auxiliassem na investigação. O depoimento
foi realizado e a testemunha logo após liberada, segundo a nota.
Ao G1, Tuma Jr. negou que não tenha comparecido às
intimações e afirmou que compareceu três vezes à Superintendência da PF,
uma delas acompanhado de sua advogada. "A primeira vez eu fui e o
delegado não estava. Na segunda vez, o escrivão disse que o delegado não
estava e me deu uma certidão de que eu estava dispensado. Em nenhum
momento, me deixaram ver os autos. Não tem inquérito", disse.
O ex-secretário nacional de Justiça também questionou a postura dos
agentes na chegada ao escritório dele e relatou truculência da polícia,
antes de seguir em seu carro para a sede da PF prestar depoimento. "Eu
já tinha respondido às perguntas de uma delegada de Brasília por ofício
há dois meses e meio. Achei que estava tudo esclarecido. Mas quando
cheguei lá [na Superintendência], descobri que não tinham enviado. Então disse: vou ratificar o que eu relatei no ofício", completou.
Tuma Jr. disse ainda que vai entrar com representação na Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e no Ministério Público contra a diligência
dos policiais federais. "Não tenho dúvidas de que foi alguma ordem que o
delegado recebeu para me dar um susto. Foi um abuso, uma afronta",
defendeu. A PF informou que não vai comentar as alegações do
ex-secretário nacional de Justiça.
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