quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Policial civil suspeito de envolvimento em morte de auditor fiscal da PBH se entrega à polícia

A mulher do funcionário da PBH e outros dois homens estão presos pelo crime
Ernandes Moreira Santos, que já tinha um mandado de prisão pelo crime em aberto, se apresentou na tarde desta quarta-feira na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto

João Henrique do Vale - Estado de Minas
Publicação: 06/08/2014 19:06 Atualização: 06/08/2014 19:40


Se entregou na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, o policial civil Ernandes Moreira Santos, suspeito de envolvimento na morte do auditor fiscal municipal de Belo Horizonte Iorque Leonardo Barbosa Júnior, de 42 anos. O crime foi em fevereiro deste ano no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste. Além dele, estão presos a mulher da vítima, Alessandra Lúcia Pereira Lima, de 41, apontada pela polícia como a pessoa que arquitetou o assassinato, e os irmãos Flávio de Matos Rodrigues e Otávio de Matos Rodrigues.
O policial civil já estava com um mandado de prisão em aberto por causa do crime. Na tarde desta quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa da corporação, Santos se entregou na Casa de Custódia. Ele vai ficar detido na cadeia enquanto as investigações continuam. O delegado Rodrigo Bossi, responsável pelo caso, informou que ainda não tinha a confirmação da prisão. O policial deve prestar depoimento nos próximos dias.
A polícia ainda tenta encontrar pelo menos mais dois homens suspeitos de envolvimento pelo crime. Conforme Bossi, um deles, que ainda não foi identificado, seria o autor dos disparos que mataram o auditor fiscal.
O assassinato de Iorque Leonardo, que era auditor fiscal de tributos, aconteceu em fevereiro deste ano, a cerca de 200 metros do prédio em que morava, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste da capital. Ele seguia para o trabalho e, por volta das 7h, na esquina das ruas Curupaiti e Lorena, um homem o chamou pelo nome e atirou. Sete disparos acertaram a cabeça do auditor. O assassino foi visto correndo e entrando em um Renault Scénic grafite, ocupado por mais dois homens.
As investigações sobre o caso foram baseadas em análise de imagens de câmeras de segurança, bilhetagem e interceptações telefônicas. Foi assim que a polícia conseguiu chegar até os envolvidos no crime. Alessandra, principal suspeita do crime, trocou mais de mil ligações com o policial civil Ernandes Santos em aproximadamente dois meses. Os contatos demonstraram uma aproximação entre os dois, apesar da mulher afirmar que ele não era seu amante.
A motivação para o crime seria econômica. Com a morte do auditor, Alessandra receberia pensão de R$15 mil por mês, além de R$ 130 mil de férias prêmio que eram devidas ao funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte.
Alessandra, Flávio e Otávio foram presos em Julho suspeitos do crime. Na oficina dos irmãos foi encontrado o veículo usado no crime.

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