terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma vira alvo de piadas por 'fugir' de perguntas sobre corrupção; veja vídeo e leia resumo da sabatina


Imagem: Reprodução/O Tempo
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (18), em entrevista ao Jornal Nacional, que os governos dela e do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva prepararam o país para um novo ciclo de crescimento e para consolidar a classe média. Ela também foi indagada sobre sucessivos escândalos de corrupção na administração federal e afirmou que o governo dela foi o que mais se estruturou para combater o problema.
Alvo de piadas após fugir de perguntas sobre conduta de partido, acusado de tratar corruptos como heróis
Abaixo, o trecho, disponibilizado nas redes sociais, em que Dilma se recusa a comentar tanto a corrupção perpetrada por dirigentes do partido quanto o fato de o PT tratar, nas redes sociais e em notas oficias, corruptos condenados como heróis:
Redes Sociais
Nas redes sociais, imediatamente, Dilma tornou-se alvo de memes e piadas a respeito de suas evasivas aos questionamentos de William Bonner. Frases de efeito como "Depois dessa, não vai nem para o segundo turno", "Sou fã do Bonner desde que ele humilhou a Dilma" e "Depois de ver Dilma no JN, recomendo aos editores de dicionários de língua portuguesa que estampem uma foto da presidente ao lado do verbete 'mediocridade'"  (comentário este pelo jornalista Paulo Martins) dominaram a rede.
"Visivelmente abatida, nervosa, incapaz de responder as questões levantadas"
"Dilma foi ficando visivelmente abatida, nervosa, incapaz de responder as questões levantadas. Compreende-se: seu papel é mesmo inglório, o de defender o indefensável. Chegou a afirmar que a inflação está em zero, usando o último dado disponível mensal, e ignorando que o índice acumulado em 12 meses está no topo da meta elevada do BC, de 6,5%, mesmo com vários preços represados pelo governo. Foi um show de horror! Quando vemos uma presidente tão na defensiva, insegura, tergiversando desesperadamente para não ter de enfrentar seu péssimo legado, e depois lembramos que essa mesma presidente está liderando as pesquisas eleitorais, não há como evitar um enorme grau de perplexidade: o que está acontecendo com o Brasil?", comentou o jornalista Rodrigo Constantino, blogueiro da revista Veja.
Bonner insiste, mas Dilma desconversa com resposta evasiva
"Eu sou presidente da República, não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo STF por um motivo simples: a Constituição exige que o Presidente da República e os demais chefes do poder respeitemos e consideramos a autonomia desses órgãos", respondeu a Bonner. William Bonner a interrompeu, lembrando que a pergunta se referia à conduta do partido e não da Suprema Corte. "Eu não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto e conflito ou, aceitando ou não. Eu respeito a decisão do STF. Isso não é uma questão subjetiva", respondeu, de forma pouco clara.
Imagens de humor
Imagens satirizando o fato espalharam-se pela rede, como as seguintes:


Imagem: Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook
Continuidade de Lula
"Criamos as condições para o país dar um salto colocando a educação no centro de tudo. E isso significa que nós queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação da classe média. Mais oportunidades para todos", declarou sobre a expansão do segmento. Dilma afirmou ter sido eleita "para dar continuidade aos avanços" do governo Lula. "Ao mesmo tempo nós preparamos o Brasil para um novo ciclo de crescimento, um Brasil moderno, mais inclusivo, mais produtivo, mais competitivo", declarou.
Corrupção
Sobre corrupção, disse que procurador-geral da República durante os dois governos do PT foi chamado de "engavetador-geral da República". Segundo ela, nem todas as pessoas denunciadas nos escândalos foram punidas pelo Judiciário porque nem todas as denúncias apresentadas na mídia foram comprovadas. Questionada sobre a substituição de denunciados por pessoas dos mesmos partidos envolvidos nos escândalos, afirmou que os partidos podem fazer exigências, "mas eu só aceito quando são pessoas íntegras e competentes na área".
Economia
Em outro momento da entrevista, Dilma foi questionada se achava justo culpar o pessimismo ou a crise internacional por números negativos na economia e se o governo não tinha responsabilidade pelos resultados. "Nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos – pelo contrário, diminuimos, reduzimos e desoneramos a folha, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise também sem demitir", respondeu a petista.
Dilma apontou para uma "melhoria prevista no segundo semestre" ao ser confrontada com os recentes indicadores negativos da economia. Ela se referiu ao que chamou de "índices antecedentes", que antecipam tendências da economia. "A quantidade de papelão que é comprada, a quantidade de energia que é consumida, a quantidade de carros que são vendidos, todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre, vis a vis, o primeiro", afirmou a presidente.

Com G1 SP; Com UOL
Editado e acrescentado por Folha Política Leia mais notícias do poder e da sociedade em Folha Política

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