Candidato do PSB defende Ana Arraes e afirma que ministra do Tribunal de Contas da União tem feito trabalho digno e com méritos
O
candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) disse não ver problema em
ter feito campanha para sua mãe, Ana Arraes, ser eleita ministra do
Tribunal de Contas da União (TCU). "Ela disputou a eleição com vários
deputados, foi a única mulher que ganhou no voto e tem feito um trabalho
que todos reconhecem como digno e com méritos", disse há pouco em
entrevista ao Jornal Nacional.
Questionado se
teria dado um bom exemplo, usando seu empenho enquanto governador de
Pernambuco para eleger a mãe a um cargo público e vitalício, Campos
disse não ver "nada de errado" em sua postura. "Se fosse outra pessoa
(do meu partido) eu também teria apoiado", argumentou.
Campos
foi perguntado ainda sobre os primos de sua esposa Renata Campos,
Marcos Loreto e João Campos, que foram indicados para o Tribunal de
Contas do Estado (TCE), órgão responsável por fiscalizar as contas de
seu governo em Pernambuco. O candidato argumentou não ser um caso de
nepotismo pois essas indicações são feitas pela Assembleia Legislativa e
não pelo Executivo. Afirmou também ter sido o primeiro governador a
aprovar uma lei antinepotismo.
O
pessebista, após essas questões, disse ser favorável a uma reforma
constitucional para acabar com cargos vitalícios na Justiça. "É coisa
que já existe em outros países de maneira a oxigenar os tribunais e
evitar escolhas pessoais." Campos lembrou que em breve devem ser abertas
cinco vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu que o governo
trabalhe em parceria com uma "espécie de comitê de busca" para encontrar
quadros de carreira qualificados para exercer as funções.
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