24/07/2014 10h27
- Atualizado em
24/07/2014 14h32
Brasil classificou de 'inaceitável' a violência em Gaza e pediu explicações.
Brasil classificou de 'inaceitável' a violência em Gaza e pediu explicações.
Declaração foi feita por porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
Israel lamentou nesta quinta-feira (24) a decisão do Brasil de chamar
para consultas seu embaixador em Tel Aviv, uma decisão que, segundo o
governo israelense, "não contribui para encorajar a calma e a
estabilidade na região" e chamou o país de "anão diplomático" por causa
do gesto.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, disse
que a decisão brasileira “não reflete o nível de relação entre os países
e ignora o direito de Israel defender-se”. De acordo com a publicação
"The Jerusalem Post", Palmor afirmou que a medida "era uma demonstração
lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a
ser um anão diplomático".
“Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do
Brasil de retirar seu embaixador para consultas", diz comunicado da
chancelaria israelense. "Esta decisão não reflete o nível das relações
entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais
medidas não contribuem para promover a calma e estabilidade na região.
Em vez disso, elas fornecem suporte ao terrorismo, e, naturalmente,
afetam a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera o
apoio de seus amigos na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma
organização terrorista por muitos países ao redor do mundo".
O governo brasileiro convocou para consultas o embaixador em Tel Aviv
após considerar "inaceitável a escalada de violência" e condenar
"energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de
Gaza".
A Confederação Israelita
do Brasil também divulgou uma nota nesta quinta manifestando sua
“indignação” com a posição brasileira. A confederação diz compartilhar
da “preocupação do povo brasileiro e expressa profunda dor pelas mortes
nos dois lados do conflito. Assim como o Itamaraty, esperamos um
cessar-fogo imediato.”
Entretanto, o grupo critica o governo brasileiro por eximir “o grupo
terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual. Não há uma
palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo
israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo.
Ignorar a responsabilidade do Hamas pode ser entendido como um endosso à
política de escudos humanos, claramente implementada pelo grupo
terrorista e que constitui num flagrante crime de guerra, previsto em
leis internacionais.”
Nos 17 dias de ofensiva militar em Gaza, pelo menos 733 palestinos e 35
israelenses morreram. Além disso, 4.600 palestinos ficaram feridos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário