sexta-feira, 11 de julho de 2014
Dos 13 mil agentes,
ficarão 6 mil. Autoridades dizem que estratégia dos últimos 30 dias, que
integrou serviço de inteligência, uso de tecnologia e outros órgãos de
defesa, será mantida
Mesmo com a redução do
efetivo de 13 mil agentes durante a Copa para 6 mil depois, a Polícia
Militar pretende manter a sensação de segurança e a prevenção de crimes
nas ruas de Belo Horizonte com a integração aplicada no Mundial entre o
serviço de inteligência, o uso de tecnologia e outros órgãos de defesa.
“O Batalhão Copa contou com policiais que trabalham na administração ou
que fazem cursos. A questão não é somente o número de policiais, mas
como se empregam melhor os recursos, como inteligência e tecnologia”,
afirma o chefe da comunicação social da PM, tenente-coronel Alberto
Luiz.
O videomonitoramento
usado nos últimos 30 dias será ampliado. “Temos muito mais câmaras
espalhadas pela região metropolitana, e até o fim do ano teremos 900
câmaras. Hoje é um terço disso”, informa. Elas foram instaladas no
entorno do Mineirão, na Savassi, nas avenida Abrahão Caram e Antônio
Carlos e perto do Independência”, segundo ele.
Toda essa tecnologia
será transferida para o Bairro Gameleira, na Região Oeste, onde é
construído o Centro Integrado de Comunicação e Controle, que funcionou
provisoriamente na Cidade Administrativa, durante a Copa. No próximo
semestre, adiantou, mais 3,5 mil novos PMs deixam a academia para as
ruas na capital e no interior do estado.
O secretário de Estado
de Defesa Social, Rômulo Ferraz, garante que os procedimentos policiais
serão usados no dia a dia e em manifestações e atos de vandalismo, mas
principalmente no combate à criminalidade. “A experiência adotada pela
PM como patrimônio da Copa. As instituições devem lutar internamente
para garantir essas condições, pois os resultados vieram de forma
positiva”, avalia Ferraz.
Segundo ele, a
criminalidade caiu em Belo Horizonte durante a Copa, e os resultados
serão apresentados pela polícia nos próximos dias.
A integração de diversos
órgãos de segurança pública, como Forças Armadas e polícias Federal e
rodoviária, também é elogiada pelo comandante de Policiamento da Capital
(CPE), coronel Ricardo Garcia Machado: “O policiamento ostensivo
durante a Copa teve uma repercussão mundial positiva”.
Para o comandante-geral
da PM, coronel Márcio Martins Sant’Ana, as lições foram muitas. “Os
planejamentos anteriores, experiências internacionais e do próprio país,
da Copa da Confederações, então, foram um somatório de experiências que
trouxeram às instituições essa capacidade de dar respostas”, afirma o
militar.
O coronel destaca também
a atuação da PM durante os protestos: “Para cada tipo de manifestação, a
gente aplica uma tática e uma estratégia diferente. Nesse período,
também tivemos manifestações sociais, como a ocupação da Urbel e da
Advocacia Geral do Estado.”
Ele destaca a tática
completamente diferente usada pela Polícia Militar em relação a quem foi
para as ruas protestar contra a Copa do Mundo e com grande
probabilidade de prática de violência”.
O “envelopamento” para
manter a ordem contra atos de violência deu certo, conforme o comandante
“Dependendo do público e do cunho da manifestação, ela pode ser
repetida”, garante.
Viaturas com GPS - As
polícias Militar e Civil da região metropolitana terão reforço de
segurança. As 1.618 viaturas estão recebendo o sistema GPS para
monitorar a frota e reduzir o tempo de atendimento das chamadas de
emergência, segundo a Secretaria de Defesa Social.
A tecnologia melhora a
coordenação, o controle e as atividades das duas corporações. Além de
pesquisar as rotas dos veículos, localiza em uma tela de computador o
que estiver mais próximo do local do crime, assim que a polícia recebe
uma chamada da população pelo 190 (PM), 193 (Bombeiros) e 197 (Polícia
Civil). O sistema que faz o monitoramento está instalado no prédio do
Comando Geral da PM, na Praça da Liberdade, na Região Centro de Belo
Horizonte.
Existe integração em um
único mapa de todas as chamadas feitas pela população. É possível saber,
inclusive, se a viatura está com o motor ligado ou desligado. Além
disso, todas as informações do solicitante aparecem na tela.
Até agosto, serão 2,5
mil viaturas com GPS na Grande BH e futuramente o projeto será expandido
para todo o estado. “Além de localizar a viatura que está mais próxima
da pessoa que foi vítima de algum delito, o sistema permite às polícias
fazer coordenação e controle do dia a dia das suas operações”, diz
Ferraz.
Para a Polícia Civil,
são 300 viaturas com GPS para atividades especializadas e no atendimento
do rabecão, que faz a remoção de corpos, e também da perícia. Para o
secretário, a tecnologia também será uma ferramenta das corregedorias
para investigar abusos de policiais. Outros estados avançaram com a
instalação de câmaras nas viaturas, segundo Ferraz, para acompanhar a
ação do dia a dia, mais uma ferramenta de trabalho que também poderá ser
adotada futuramente em Minas.
FONTE: UAI
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