18/07/2014 07:28 - Atualizado em 18/07/2014 07:28
Sergei Supinsky/AFP
Queda do avião aconteceu próximo à vila de Grabovo, na região de Donetsk
A queda do avião aumenta a tensão entre os dois países. O presidente da
Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o governo da Ucrânia tem
responsabilidade sobre o fato.
“Essa tragédia não teria acontecido se houvesse paz na região, se as
ações militares não houvessem recomeçado no sudeste da Ucrânia”, disse
Putin.
A confirmação de que o avião tenha sido derrubado e a indicação do
responsável por esse ato é um elemento novo no conflito regional e que
vai envolver outros países na discussão. Mais um passo dado para uma
guerra entre a Ucrânia e a Rússia, na avaliação do professor de Política
Internacional da PUC Minas e doutor em Geografia Ricardo Ghizi
Corniglion.
“A situação nunca esteve tão perigosa, porque a Rússia está se
envolvendo cada vez mais. Ela tenta camuflar a participação de seu
poderio junto aos separatistas, mas isso está cada vez mais claro”,
afirma Ghizi.
Para ele, o país de Poroshenko sabe que não consegue vencer as forças
de Putin, mas contará com aliados, como EUA e países da Europa, que
podem financiar o confronto. “Eles não se envolverão diretamente, porque
não têm interesse em entrar em uma guerra agora. Mas fornecem dinheiro
para sustentar uma guerra a médio prazo”, avalia.
Não há dúvidas de que a Rússia sairia vitoriosa, indica o professor,
mas a antiga União Soviética, com todo o seu poderio bélico, teria um
custo, tanto econômico quanto social, muito alto para travar essa
batalha.
Por outro lado, ela não vai abrir mão de continuar com a Ucrânia como
uma área de influência. O país vizinho, segundo Ricardo Ghizi, é
importante geopoliticamente, economicamente (é o celeiro da Rússia,
principalmente na produção de trigo) e etnicamente, pois o leste
ucraniano se sente mais russo que ucraniano – a grande maioria é
descendente de russos que migraram para a região durante política
oficial de povoamento feita pela União Soviética.
A divisão da Ucrânia em duas, na avaliação de Ghizi, é o caminho em um
futuro não muito distante, com estados autônomos ou anexados ao
território russo.
Triste rota da Malaysia
Em março deste ano, outro avião da Malaysia Airlines desapareceu quando ia de Kuala Lumpur a Pequim, com 239 pessoas a bordo. A aeronave desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem e mudou a trajetória prevista, iniciando uma grande operação de busca no oceano Índico.
Triste rota da Malaysia
Em março deste ano, outro avião da Malaysia Airlines desapareceu quando ia de Kuala Lumpur a Pequim, com 239 pessoas a bordo. A aeronave desapareceu das telas dos controladores aéreos 40 minutos depois da decolagem e mudou a trajetória prevista, iniciando uma grande operação de busca no oceano Índico.
Até hoje, os destroços do voo MH370 não foram encontrados. As
autoridades australianas, responsáveis pelas buscas, estudam a
possibilidade de que uma falta de oxigênio tenha causado a morte da
tripulação e dos passageiros.
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