sábado, 12 de julho de 2014

Candidatos do PSDB e do PT ao governo de Minas trocam acusações sobre segurança pública

Pimentel critica "descasamento" das polícias Militar e Civil. Pimenta da Veiga acusa governo federal de não barrar entrada de drogas e armas nas fronteiras.

Bertha Maakaroun
Juliana Cipriani -Estado de Minas
Publicação: 12/07/2014 06:00 Atualização: 12/07/2014 07:19
Uma das questões que ocupam o topo das prioridades dos eleitores, a segurança pública foi mote para mais uma troca de acusações entre os dois principais candidatos ao governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), da coligação Todos por Minas, e Fernando Pimentel (PT), da coligação Minas pra Você. A “batata quente” foi jogada no colo adversário, numa tentativa de responsabilizar ora o governo federal, ora o governo do estado – que eles têm como padrinhos eleitorais – pelos problemas na área. O petista tratou de atacar o governo do estado: criticou o que chamou de “descasamento” entre as polícias Militar e Civil em Minas Gerais e a falta de investimento na segurança pública. O tucano rebateu considerando a União culpada dos problemas de segurança por “não fechar as fronteiras do país” para as armas e drogas. Depois de criticar a falta de integração entre as polícias, Pimentel disse, em reunião com 12 prefeitos da Zona da Mata, ontem pela manhã, que o setor precisa ser reestruturado em Minas. “As polícias não estão dando conta do recado. Não é culpa delas. É falta de equipamento, de apoio, falta de recurso. Os municípios estão sobrecarregados e o cidadão fica sem segurança”, afirmou, considerando que as prefeituras municipais estão tendo de custear as polícias. “Gasolina de viaturas, manutenção, revisões, às vezes pagamento de aluguel dos prédios onde funcionam os destacamentos, às vezes alimentação dos policiais, e isso custa e pesa para um município pequeno”, afirmou.

De acordo com o petista, a queixa de falta de investimentos é recorrente entre prefeitos. “Pega o caso de Santana da Vargem (Sul de Minas). Não tem delegacia de polícia”, afirmou. “Quando a guarnição da Polícia Militar efetua uma prisão ou vai fazer ocorrência, tem de se deslocar para um município que tenha delegacia da Polícia Civil para abrir o procedimento correto”, continuou. “Enquanto isso, a cidade fica desguarnecida. Isso é muito comum no interior”, acrescentou.
‘REBELIÃO’ Em Vespasiano, na Grande BH, Pimenta rebateu o adversário petista, dizendo que é “falta de vergonha” dele culpar o estado pelas mazelas da segurança. O tucano pediu uma “rebelião” contra o governo federal, que, segundo ele, “transformou o Brasil no maior consumidor de crack do mundo e num dos maiores consumidores de cocaína e depois vem com essa hipocrisia de cobrar do governo estadual”.
Pimenta da Veiga também falou de segurança em Betim, na região metropolitana. Questionado sobre suas propostas para o setor, o tucano disse contar com a eleição do senador Aécio Neves       (PSDB) à Presidência da República para que o padrinho político faça o controle das fronteiras. Ele também espera ver o colega de partido eleito para implementar, em parceira, o metrô na região metropolitana “em oito anos”. Acompanhado de lideranças locais, como o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), Pimenta partiu da Avenida Amazonas, principal via do centro da cidade, onde fez discurso para cerca de 400 pessoas, e seguiu visitando algumas lojas. Em uma delas, o tucano tomou uma vitamina, que chamou de “vitamina da vitória”. (Colaborou Virgínia Gonzaga)

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