10/04/2014 06h19
- Atualizado em
10/04/2014 06h19
Ramiro Hernández foi condenado por estupro e assassinato em 2000.
Entidades humanitárias haviam pedido suspensão da execução.
Ramiro Hernández foi executado nesta quarta-feira
(9) no Texas (Foto: Departamento de Justiça Penal
do Texas/AP)
(9) no Texas (Foto: Departamento de Justiça Penal
do Texas/AP)
O mexicano Ramiro Hernández, 44 anos, foi executado nesta quarta-feira
com uma injeção letal em uma prisão do Estado do Texas, informou uma
fonte da Autoridade Penitenciária.
Hernández, condenado à pena capital em 2000 por estupro e assassinato,
foi declarado morto às 18H28 local (20H28 Brasília), apesar do pedido de
diversas entidades humanitárias para suspender a execução.
Em suas últimas palavras, Hernández disse que lamentava nada e pediu aos jovens que escutem seus pais e se dediquem ao estudo.
"Não sinto pena ou culpa. Tudo o que tenho é amor. O amor vencerá.
Graças a Deus, agora vou para o Senhor", declarou Hernández antes de
receber a injeção letal.
O governo do México expressou seu "mais enérgico protesto" pela
execução de Hernández, afirmando que o ato "viola uma decisão da Corte
Internacional de Justiça", que obrigava os Estados Unidos "a revisar e a
reconsiderar o veredicto e a pena capital".
Hernández é o quarto mexicano executado nos Estados Unidos,
apesar da sentença da Corte Internacional de Justiça que há uma década
decretou a revisão de 50 casos por violação dos direitos consulares dos
condenados.
A Anistia Internacional qualificou a execução de Hernández como um ato ilegal, que ignorou o direito.
"Não há nada mais absurdo que uma atrocidade cometida em nome da
Justiça", afirmou Perseo Quiroz, diretor-executivo da Anistia
Internacional no México.
"O que ocorreu hoje não foi nada além que um assassinato, um crime fundamentado no preconceito racial".
A Anistia havia solicitado nos últimos dias ao governador do Texas, o
republicano Rick Perry, que detivesse a execução de Hernández.
Nenhum comentário:
Postar um comentário