Imagem: Reprodução / Redes Sociais |
Desta vez,
Padilha começou a falar à militância petista com a página inicial do
site do governo do Estado em uma projeção. "Se um jovem entrar no site e
quiser descobrir como se inscrever em uma faculdade paulista, não vai
conseguir e vai desistir."
A escolha tem
razão de ser, já que a fala ocorreu no Camping Digital, organizado pelo
partido a fim de orientar seus seguidores a como se portar na web nas
eleições.
Inspirado na
Campus Party, evento anual que ocorre em São Paulo com entusiastas de
tecnologia, o evento custou R$ 400 mil ao partido.
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Durante o
feriado de Páscoa, militantes acamparam em um clube na zona rural de São
José dos Campos (a 97 km da capital) e assistiram a palestras e
debates. Entre quinta e domingo, a Folha esteve acampada em meio a eles.
As principais
conclusões são que os petistas têm dificuldade de difundir seu discurso
nas redes sociais a quem não é simpatizante do partido e que a oposição é
mais bem articulada. "Este é o novo espaço de disputa", defendeu Tiago
Pimentel, um dos palestrantes. "E a direita percebeu isso antes de nós."
Para quebrar a
rejeição que enfrentam na internet, principalmente no Facebook e no
Twitter, os petistas devem adotar a linguagem do "meme", imagens de
fácil compreensão e na maioria das vezes de cunho humorístico, em
detrimento do discurso de "panfleto" – descrito por palestrantes como
"textos longos e chatos que ninguém lê".
"Se a gente faz
uma piada de política que envolve o Michael Jackson, por exemplo,
atingimos não só a pessoa que gosta de política, mas também a que gosta
de Michael Jackson", exemplificou Cleyton Boson, coordenador de mídias
sociais da Prefeitura de Guarulhos.
Em relação às
possíveis investidas endereçadas ao PT, Emídio de Souza, presidente do
partido no Estado e coordenador de campanha de Padilha, deu o recado:
"Não deixem ataque sem defesa".
Apesar disso,
ele aproveitou para rebater reportagens que trataram o evento como uma
forma de a sigla recrutar um exército para as redes sociais. "Para
defender Padilha, Dilma ou Lula, não precisamos treinar ninguém. Aqui
todo mundo é escolado."
ANONIMATO
O rastreamento
da NSA, agência de segurança dos EUA, é motivo suficiente para se usar
técnicas que dificultam a identificação na web. Foi com essa
justificativa que várias mesas versaram sobre como tentar driblar
métodos utilizados por sites para traçar o perfil do usuário.
As técnicas
ensinadas, porém, também podem ser usadas para dificultar possíveis
investigações sobre responsáveis por ofensas na rede.
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Outro assunto
foi o Marco Civil da Internet, que Dilma Rousseff espera apresentar como
exemplo de lei no NetMundial, evento de governança da internet que
ocorre nesta semana em São Paulo.
Para isso, o
Senado precisa votar o projeto até quarta, dia da abertura do evento. O
deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto, foi recebido como
estrela no Camping Digital. "Espero que a oposição não seja mesquinha",
disse, sobre a votação.
Alexandre Aragão
Folha de S. Paulo
Editado por Folha Política
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