quarta-feira, 9 de abril de 2014

“Polícia Militar impõe disciplina militar em escolas públicas de Goiás”

Repercutimos a matéria sobre a atuação da Polícia Militar (PM) em algumas escolas estaduais em Valparaíso/GO.
De acordo com o presidente da União dos Militares de Minas Gerais (UMMG), Cel. César Braz Ladeira, a presença da PM nestas escolas tiveram dois objetivos: criar e garantir vagas para dependentes dos militares estaduais, nos moldes do Colégio Tiradentes de Minas Gerais e ao mesmo tempo concorrer para um melhor ambiente educacional dentro das mesmas.
“Este é o detalhe que chama de fato a atenção, visto que como relata a matéria as pessoas envolvidas aplaudem a iniciativa e louvam a chegada da disciplina, da ordem e do ambiente adequado à aprendizagem, apesar da resistência  de alguns especialistas que criticam a iniciativa. Parabéns aos nossos irmãos de Goiás. Nem tudo está perdido. Parabéns à sociedade que aplaude, afinal a disciplina militar foi e é sempre buscada por todas as pessoas de bem em qualquer sociedade. Este é o exemplo que fica desta matéria e desta realidade nos calcanhares da capital federal.”
"VALPARAÍSO.
Um grupo de adolescentes se perfila em formação militar, enquanto uma soldado armada os passa em revista. Nenhum deles masca chicletes. As garotas não usam batons ou esmaltes chamativos. Nas conversas não se toleram gírias. Todos são obrigados a cantar o Hino Nacional na chegada, a caminhar marchando e a bater continência diante do diretor. Não estamos num quartel, mas num dos dez colégios da rede estadual de Goiás cuja administração começou a ser transferida para a Polícia Militar desde janeiro, numa medida desenhada para amainar os repetidos casos de violência ocorridos numa região desassistida a apenas 40 quilômetros do Distrito Federal.

Duas das escolas sob o novo regime ficam nas cidades de Valparaíso e Novo Gama. Ali, a maioria dos professores é a mesma do ano passado, e a metodologia pedagógica continua sob responsabilidade da Secretaria estadual de Educação. Mas o diretor de cada unidade é um oficial da PM, assim como a equipe encarregada de manter a “ordem”. Todos fardados e com armas na cintura.

A escolha dos colégios não foi em vão. O entorno do DF convive com problemas crônicos de violência. Desde 2011, a Força Nacional de Segurança Pública reforça o policiamento. Em Valparaíso, o Colégio Fernando Pessoa já apareceu no noticiário policial depois que um ex-aluno foi assassinado a tiros ali. Em outra ocasião, uma professora sofreu um sequestro relâmpago ao sair do prédio."
Fonte: jornal O Globo - 07/04/2014.

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