Delegado não descarta participação de mais funcionários no roubo de 45 armas, em março
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 23/04/2014 06:00 Atualização: 23/04/2014 07:12
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 23/04/2014 06:00 Atualização: 23/04/2014 07:12
Cada pistola seria vendida a R$ 4,5 mil; 39 armas foram recuperadas |
Os
envolvidos no furto de 45 pistolas da Central Integrada de Escoltas, em
Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, poderão
responder também por tentativa de homicídio no dolo eventual. O crime
foi na noite de 24 de março. Segundo o superintendente de investigações
da Polícia Civil, delegado Jeferson Botelho, os suspeitos usaram o
tranquilizante Rivotril para dopar os agentes penitenciários em serviço e
o grau de intoxicação nas vítimas foi alto, conforme constataram exames
do Instituto Médico Legal (IML). O chefe da Divisão de Operações
Especiais (Deoesp), delegado Wanderson Gomes, não descarta a
possibilidade de mais agentes penitenciários envolvidos.
Quatro
pessoas foram presas, entre elas o agente penitenciário Marco Antônio
Rodrigues de Oliveira, acusado de levar ingredientes e também ajudar a
preparar uma salada de frutas, onde foi misturado o medicamento, também
colocado numa limonada. Para despistar os colegas, segundo a polícia,
Marco Antônio teria saído da cozinha do local comendo uma porção da
salada.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, Marco
Antônio teria desligado as luzes da central de escoltas e a única câmera
de monitoramento do local. Enquanto todos dormiam, sob efeito do
remédio, ele e um irmão dele teriam colocado as armas no interior de um
Palio e distribuído as pistolas em quatro casas de Ribeirão das Neves.
Uma delas era a do agente penitenciário, onde 20 pistolas foram
recuperadas. Ainda de acordo com a Polícia Civil, Marco Antônio sumiu
com dois celulares depois do crime, mesmo assim as ligações foram
rastreadas. Um homem suspeito de comprar uma pistola ponto 40 também
está preso por receptação.
RECEPTAÇÃO
Outro preso é o porteiro de um prédio de luxo do Bairro Lourdes, Região
Centro-Sul de BH, que seria o intermediador dos receptadores das armas.
Para cada pistola vendida, a um preço de R$ 4,5 mil, ele receberia R$
500. Para chegar aos suspeitos, investigadores usaram disfarces de
motorista de caminhão, pintor de paredes e entregador de bicicleta. A
participação de outras pessoas no crime é investigada. O inquérito será
concluído e encaminhado à Justiça para julgamento.
Na noite de 24 de março, nove agentes penitenciários faziam a segurança da Central de Escoltas, que fica em um anexo da Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. Anteontem, a polícia divulgou que recuperou 39 armas. Todos os quatro presos serão apresentados hoje.
Na noite de 24 de março, nove agentes penitenciários faziam a segurança da Central de Escoltas, que fica em um anexo da Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. Anteontem, a polícia divulgou que recuperou 39 armas. Todos os quatro presos serão apresentados hoje.
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