12/04/2014 07:48 - Atualizado em 12/04/2014 07:48
Wesley Rodrigues/Hoje em Dia
Ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, foi apresentado pelo CEO da CSEM, Tiago Maranhão
A unidade da Embraer em Belo Horizonte, inaugurada há um ano e meio,
desenvolve projetos de aviões para o mercado mundial. A informação,
confirmada pela empresa, é do presidente da Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, que falou na última
sexta-feira (11) sobre o plano, durante a visita do ministro da Ciência e
Tecnologia, Clélio Campolina, às instalações da Fundação Centro
Tecnológico de Minas Gerais (Senai/Cetec), no Horto. Também presente ao
evento, o diretor-geral do escritório da Embraer na capital, Mário Lott,
não deu entrevistas. Questionada sobre os trabalhos desenvolvidos na
unidade mineira, a assessoria de comunicação da companhia se posicionou
por meio de nota.
“O Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer localizado em Belo
Horizonte participa do desenvolvimento de produtos em conjunto com a
matriz da empresa, em São José dos Campos, desde as definições iniciais e
a certificação aeronáutica até a fase de suporte à operação seriada,
dentre outras atividades”, informou.
Dentre os novos produtos em desenvolvimento pela empresa neste momento
estão o avião de transporte militar KC-390, a nova geração da família de
jatos comerciais E-Jets E-2 e os jatos executivos Legacy 500/450.
O centro de tecnologia e engenharia da fabricante de aeronaves em Belo
Horizonte foi inaugurado em outubro de 2012, com a promessa de empregar
de 100 engenheiros. Inicialmente, a estratégia da Embraer é transferir o
centro de engenharia, em um segundo momento, para o Centro de
Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), em Lagoa
Santa.
No local, serão realizadas atividades relacionadas ao desenvolvimento
de projetos, produtos e serviços para os setores aeronáutico, de defesa e
segurança.
A Embraer recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (Fapemig), que alocou R$ 38 milhões na execução
do plano de trabalho elaborado pela companhia.
Atração
Hoje, estão instalados no Senai/Cetec, além da Embraer, a Biominas e o
CSEM. O presidente da Fiemg informou que mantém conversas com Vale,
CBMM, Petrobras, Vallourec e ArcelorMittal.
A intenção é manter dentro do Estado centros de tecnologia e pesquisa
de empresas com forte atuação em Minas Gerais, evitando a opção pela
instalação deste tipo de empreendimento em outros Estados. Foi o que
aconteceu com Usiminas e Vallourec, que têm centros de pesquisa no Rio
de Janeiro. Olavo Machado assegurou que não haverá concorrência com
outros polos de tecnologias em desenvolvimento, como o BH-Tec.
“Queremos que sejam coisas complementares para colocar Minas Gerais na liderança”, disse.
O diretor-executivo do Senai/Cetec destacou a importância do centro
tecnológico para a aproximação do conhecimento científico das demandas
mercadológicas. “Somos muito bons em pesquisa, mas temos muito o que
melhorar em inovação”, disse.
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