segunda-feira, 14 de abril de 2014

CUBA, Uma favela no Inferno (Texto do Jornalista Juremir Machado - Correio do Povo)

O JORNALISTA JUREMIR MACHADO DO CORREIO DO POVO ESTEVE EM CUBA E ESCREVEU UM TEXTO SOBRE O QUE ELE VIU NO PAÍS SOCIALISTA DE FIDEL CASTRO. "CUBA É UM REGIME TOTALITÁRIO, UMA ENORME FAVELA EM MEIO AO PARAÍSO CARIBENHO, UMA GRANDE PRISÃO, EM QUE TODOS NASCEM CONDENADOS Á PRISÃO PERPÉTUA".
O jornalista Juremir Machado esteve no inferno e ficou estarrecido com o que viu. A miséria do regime socialista cubano, a decadência de um povo, de um país e de uma sociedade vigiada, dominada e perseguida. Cuba é uma grande favela, um inferno, uma prisão à céu aberto.
Um de nossos colaboradores aqui da página esteve em Cuba em 2006 e permaneceu lá por duas semanas à trabalho. "Foram as duas semanas mais longas da minha vida" eu estava em um inferno, onde as pessoas tinham medo uma das outras, se entreolhavam a cada pergunta que se fazia sobre o regime do país, e abaixavam a cabeça temendo as milícias que haviam nos bairros, as malditas milícias do governo, que perseguiam e prendiam quem quer que fosse contra, ou falasse mal do regime. A sensação que se tem quando se está em Cuba, é a de que se está sufocado e que em todos os lugares existem olhos vigiando tudo o que você faz e diz. "Passei a ter medo de conversar com as pessoas de Cuba e de ter medo de falar algo que ferisse ou fosse contra o regime cubano".
As ruas em Havana são sujas, esburacadas, algumas fedem, há esgoto aparente, fossas e valas à céu aberto. As pessoas andam mal vestidas, sujas e com odores por não terem sabonete e desodorantes e 95% delas moram em cortiços com várias outras. Conheci Famílias que dividiam o mesmo apartamento de menos de 25 m2 com outras famílias por ordem do governo. A sensação de impotência do povo era traumatizante. Não há água encanada em boa parte da cidade e de 4 em 4 dias, caminhões pipa vêm abastecer os cortiços, casas e prédios. Na maioria deles há inúmeros latões e tambores de plástico para armazenarem mais água. Pode-se ver todos eles pendurados em sacadas, varandas e telhados.
Prédios inteiros com mais de 100 anos estão destruídos, acabados e sem qualquer tipo de conservação. As pessoas não tem dinheiro para fazerem reformas e mesmo que quisessem, falta tinta, materiais e acessórios para alguns tipos de obra. A fiação elétrica é precária, vê se emaranhados de fios, uns sobre os outros, fios antigos com mais de 50 anos de uso. Na cidade os apagões são frequentes e todos possuem lampião ou velas em casa para não ficarem no escuro. Eu mesmo fiquei alguns dias sem luz na pensão onde eu estava. Nas ruas o povo anda de um lado para o outro, a maioria não tem o que fazer, vivem catando um coisa ali e outra aqui. Vivem a maioria do tempo em filas do governo atrás de um pão, de um remédio ou de um pouco de arroz. Há centenas de desempregados em Havana, e turistas são a saída para que ganhem algum trocado para saírem do aperto.
Os transportes em Cuba são terríveis. Há ônibus com mais de 30 anos de uso, destruídos, sem porta, vidros e jogando fumaça por todos os lugares. Ninguém paga passagem, e portanto, os raros ônibus que existem em Havana vivem lotados à qualquer hora do dia e o cheiro que há dentro é insuportável. Os carros são em sua maioria dos anos 50 e 60. Alguns estão em perfeito estado de conservação, mas a maioria está caindo ao pedaços.
Em Cuba não havia internet nas casas, apenas os hotéis mais luxuosos possuíam uma rede de internet vigiada. As televisões são todas estatizadas e só havia dois canais que eram pertencentes ao governo. A programação era restrita, havia programas do governo com matérias sobre o ensino, a cultura e as histórias da revolução que passam quase sempre, como se fossem uma espécie de lavagem cerebral repetitiva. Na época em que estive lá havia novelas brasileiras que passavam com alguns "cortes e censuras" de imagens. Eram "Escrava Isaura e Feijão Maravilha". Comercias são 90% do governo e de seus programas assistencialistas. Filmes russos e chineses passam uma vez por dia. A maioria do povo nem tem televisão, e as que existem são em preto e branco, e dos anos 70. A maioria do povo ouve as rádios estatais com musica cubana e caribenha. Geladeira é outro eletrodoméstico raro na cidade. A maioria são de mais de 30 anos de uso, estão velhas e funcionando precariamente. As lojas em Cuba, em sua maioria comercializam coisas e objetos usados e sem qualquer valor comercial. Coisas velhas, sucatas de batedeiras, liquidificadores, relógios, televisões, roupas e móveis velhos.
O que se vê em Cuba é uma totalização da miséria, professores, médicos, engenheiros, arquitetos, todos formados e vivendo como miseráveis e sem qualquer perspectiva de crescimento social. E a repressão do estado era algo sentido no ar de CUBA, era como uma bolha cobrindo o céu do país.
Quando penso em Cuba e que estive lá, lembro de Luis Carlos Prestes quando li uma frase proferida por ele em 1963, em um congresso solidário à Cuba, financiado na época pelo PC do B: Luis Carlos Prestes, comunista histórico e revolucionário disse: "Gostaria que o Brasil fosse a primeira nação Sul Americana à seguir o exemplo da pátria de Fidel Castro". Penso e então reflito e me alivio: Ainda bem que existiu o 31 de março.
Tudo o que o jornalista passou e viveu em Cuba eu também vivi e fui testemunha. Cuba é um grande inferno!
Leoni Andrade. (POLITICAMENTE IRADO)
FONTE: http://www.folhapolitica.org/2014/04/jornalista-publica-texto-apos-visitar.html
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