quarta-feira, 19 de junho de 2013

Polícia mineira não irá abrir mão das balas de borracha durante os protestos

Tabata Martins - Hoje em Dia


Professora é ferida durante manifestação na PampulhaA Polícia Militar mineira não pretende abrir mão do uso das balas de borracha durante os próximos protestos programados para serem realizados em Belo Horizonte durante toda esta semana. A informação foi divulgada com exclusividade pelo comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel Carvalho, nesta terça-feira (18).
Ao ser questionado sobre a decisão da polícia paulista em trabalhar nos atos no Estado sem o uso do armamento, o coronel explicou que a utilização das balas de borracha, assim como das bombas de gás lacrimogêneo, são legais e, por isso, não há motivo para que não sejam levadas pelos policiais. "Caso alguma coisa aconteça contra os militares, quem vai resguardá-los? Afinal, os policiais, diferentemente da população, não têm uma defesa definida", argumentou o coronel.
Segundo normas da polícia, a ordem de uso dos artifícios policiais para dispersar multidões durante manifestações é  primeiro a bomba e, só em casos extremos, o tiro de borracha. Além disso, o indicado é que as barreiras formadas pelos militares na frente dos atos sempre sejam formadas a uma distância de em torno de 50 a 60 metros. "Essa distância tem que ser respeitada, uma vez que o tiro de borracha, por exemplo, machuca muito se pegar de perto", explica o comandante do CPE.
Ao ser questionado sobre as bombas que foram lançadas durante a manifestação dessa segunda-feira (17), na avenida Antônio Carlos, na região da Pampulha, o coronel Carvalho esclareceu que qualquer policial só pode lançar o artefato com a autorização do seu oficial. Segundo pessoas que participaram do ato, a bomba foi lançada sem motivo algum e na direção dos protestantes."Se a ordem de lançar a bomba realmente foi dada, o responsável será identificado e investigado", disse o coronel. Porém, a possibilidade de os policiais terem agido por conta própria não foi descartada pelo comandante do CPE. "A possibilidade de surto sempre existe".

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