A Polícia Militar mineira não pretende abrir mão do uso das balas de
borracha durante os próximos protestos programados para serem realizados
em Belo Horizonte durante toda esta semana. A informação foi divulgada
com exclusividade pelo comandante do Policiamento Especializado (CPE),
coronel Carvalho, nesta terça-feira (18).
Ao ser questionado sobre a decisão da polícia paulista em trabalhar nos
atos no Estado sem o uso do armamento, o coronel explicou que a
utilização das balas de borracha, assim como das bombas de gás
lacrimogêneo, são legais e, por isso, não há motivo para que não sejam
levadas pelos policiais. "Caso alguma coisa aconteça contra os
militares, quem vai resguardá-los? Afinal, os policiais, diferentemente
da população, não têm uma defesa definida", argumentou o coronel.
Segundo normas da polícia, a ordem de uso dos artifícios policiais para
dispersar multidões durante manifestações é primeiro a bomba e, só em
casos extremos, o tiro de borracha. Além disso, o indicado é que as
barreiras formadas pelos militares na frente dos atos sempre sejam
formadas a uma distância de em torno de 50 a 60 metros. "Essa distância
tem que ser respeitada, uma vez que o tiro de borracha, por exemplo,
machuca muito se pegar de perto", explica o comandante do CPE.
Ao ser questionado sobre as bombas que foram lançadas durante a
manifestação dessa segunda-feira (17), na avenida Antônio Carlos, na
região da Pampulha, o coronel Carvalho esclareceu que qualquer policial
só pode lançar o artefato com a autorização do seu oficial. Segundo
pessoas que participaram do ato, a bomba foi lançada sem motivo algum e
na direção dos protestantes."Se a ordem de lançar a bomba realmente foi
dada, o responsável será identificado e investigado", disse o coronel.
Porém, a possibilidade de os policiais terem agido por conta própria não
foi descartada pelo comandante do CPE. "A possibilidade de surto sempre
existe".
Nenhum comentário:
Postar um comentário