quarta-feira, 5 de junho de 2013

Polícia Civil deve decidir sobre participação de delegado em audiência pública

05/06/2013 18:52 - Atualizado em 05/06/2013 18:52

Thaís Mota - Hoje em Dia


Facebook/Reprodução
delegado geraldo toledo

Na tarde desta quarta-feira (5), a Corregedoria Geral de Justiça de Minas Gerais se eximiu de julgar o pedido de parlamentares para que o delegado Geraldo Amaral Toledo Neto participe de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Conforme o corregedor, Luiz Audbert de Lage Filho, como não se trata de uma audiência judicial cabe à Polícia Civil decidir se o delegado poderá ou não participar da reunião junto aos deputados estaduais. 
Entretanto, o requerimento para que Geraldo Toledo comparessesse à Assembleia foi negado pela juíza da comarca de Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães. Em seus argumentos, a magistrada alegou que "o fato em apuração não se amolda à competência da Comissão de Direitos Humandos" e indeferiu a participação do delegado na audiência. 
Conforme a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), outros dois pedidos foram encaminhados para a Corregedoria. Entretanto, nas duas ocasiões o posicionamento do órgão foi de que a decisão não é da Justiça, uma vez que o delegado está sob custódia da Polícia Civil. Além disso, a decisão da juíza Lúcia de Fátima só poderia ser reformada em caso de recurso junto à segunda instância. A Corregedoria de Justiça não tem poder para modificar uma sentença de primeira instância.
O delegado Geraldo Toledo é o principal suspeito de ter atirado na cabeça da namorada Amanda Linhares, de 16 anos, no dia 14 de abril, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. A adolescente ficou internada no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII por mais de uma mês, mas não resistiu e morreu na última segunda-feira (3). Conforme a Polícia Civil, a jovem foi baleada dentro do carro do delegado durante uma briga do casal.
Durante depoimento, o delegado afirmou que Amanda teria atirado contra a própria cabeça. No entanto, o exame residuográfico sobre a suposta tentativa de suicídio da adolescente deu negativo. Diante do resultado, o delegado passou a ser o principal suspeito de ter atirado contra a namorada.
Conforme informações da PC, essa não é a primeira vez que o delegado teria agredido a jovem. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, em março deste ano, Geraldo Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra Amanda. Já em 2011, o delegado chegou a ser detido em São Joaquim de Bicas, também na região Central de Minas. Ele também é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil por receptação de veículos roubados e formação de quadrilha.


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