ALDO REBELO
Para ministro, o grande legado que a Copa deixará no Brasil será a "alegria do povo brasileiro em acolher uma competição como essa"
Segundo Rebelo, manifestações serão reprimidas e polícia usará força bruta, se necessário
PUBLICADO EM 17/06/13 - 13h53
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi contundente ao dizer que o
governo federal fará de tudo para evitar que os protestos que se
espalham pelas capitais brasileiras afetem a realização da Copa das
Confederações e os demais grandes eventos. Se necessário, a repressão
será com força.
"Quem achar que pode tentar impedir (a realização dos jogos) enfrentará
a determinação", bradou Rebelo. "O governo assumiu como
responsabilidade e honra acolher esses dois eventos internacionais e vai
realizá-los oferecendo segurança e integridade aos torcedores e
turistas."
Para o ministro, a ação da polícia tem sido dentro dos limites
necessários para evitar transtornos para a organização da Copa das
Confederações e que tais medidas continuarão a ser utilizadas. "As
forças de segurança têm garantido a realização desses eventos,
permitindo as manifestações mas contendo de forma a não atrapalhar os
jogos", disse Rebelo.
Um jornalista do veículo que organiza um congresso sobre negócios e
futebol no Rio abordou o ministro sobre a importância de a Copa do Mundo
deixar um legado concreto para o Brasil e a população. Rebelo preferiu
comemorar o lado lúdico da questão.
"O maior legado que a Copa deixará é a alegria do povo brasileiro em
acolher uma competição como essa", discursou o político, para em seguida
destacar a geração de empregos que a construção de estádios, hotéis e
reformas de aeroportos proporcionaram.
O ministro também comentou sobre o atraso nas obras de infraestrutura
prometida para a Copa de 2014. Ao receber a pergunta sobre o tema,
Rebelo arregalou os olhos e encheu os pulmões de ar, preparando-se para a
resposta. Saiu-se assim: "Todas as obras que constam da matriz de
responsabilidade serão concluídas dentro do prazo. As que não forem
concluídas serão retiradas da matriz", disse Rebelo, arrancando risos. E
completou: "Vão (imprensa) dizer que as obras não vão ficar prontas e
nós (governo) vamos dizer que vão. Eu sou o burocrata que tem que dizer
isso."
Nenhum comentário:
Postar um comentário