Via Blog da Renata
A
aproximação do novo encontro do Foro de São Paulo, no mês que vem, na
capital paulista, fez com que a organização voltasse a ser alvo de
ataques de grupos ligados às Forças Armadas e a movimentos da antiga
direita. A reunião será entre os dias 31 de julho e 4 de agosto.
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O foro foi criado em 1990 por lideranças
de esquerda de diversos países da América Latina e do Caribe para
debater consequências da implantação de políticas consideradas
neoliberais após a queda do Muro de Berlim (1989). O PT é um dos
partidos integrantes e ocupa a Secretaria Executiva da entidade.
Militares
da reserva, contudo, entendem que a organização tem um objetivo
golpista. “Todo o movimento comunista do qual faz parte o Foro de São
Paulo, o PT e outros, tem como finalidade a obtenção do governo
comunista. Tem toda uma técnica, toda uma estratégia. O objetivo final é
a instalação de uma ditadura do proletariado”, afirmou o general Marco
Antônio Felício da Silva em palestra realizada, na semana passada, em
Belo Horizonte.
Indagado
sobre quando se daria esse golpe, se ocorreria já nos próximos anos, o
general respondeu que não saberia precisar. “Eu não posso prever em
quanto tempo. O que eu posso te dizer é que eles já estão no processo
revolucionário, e, nesse processo, a primeira coisa que ocorre é a
conquista do governo”, enfatizou.
ideias.
As teorias sobre a suposta tomada do poder são muitas. Segundo o
general, estão sendo infiltradas ideias revolucionárias e mensagens
subliminares sobre o comunismo imperceptíveis para a maioria das
pessoas, mas que farão sentido quando o “golpe” for concluído.
Ainda
de acordo com o militar, além de propagandas e programas sociais, como o
Bolsa Família – ferramentas para disseminar essas mensagens –
formadores de opinião, como professores e jornalistas, também estariam
sendo “usados”. “A mídia é quase toda controlada pelos esquerdistas”,
apontou.
Ao
longo da palestra, os participantes se manifestaram sobre as teorias.
“Mas como podemos reverter esse processo?”, perguntou um dos
espectadores. A resposta do general foi enfática: “Estamos bem próximo
de não conseguir mais reverter esse processo”. A instalação da Comissão
Nacional da Verdade também foi bastante criticada no evento.
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