Para as autoridades, presença de grupos de arruaceiros vindos de outros estados vai causar problemas maiores na capital
Publicação: 24/06/2013 06:00 Atualização: 24/06/2013 07:19
Guilherme Paranaiba - Estado de Minas
Publicação: 24/06/2013 06:00 Atualização: 24/06/2013 07:19
Guilherme Paranaiba - Estado de Minas
Um confronto muito mais forte e acalorado
entre a Polícia Militar, a Força Nacional de Segurança e os vândalos que
estão infiltrados nas manifestações pacíficas que ocorrem em Belo
Horizonte. Essa é a previsão do comandante geral da PM, coronel Márcio
Martins Sant’ana, para quarta-feira, dia em que Brasil e Uruguai se
enfrentam no Mineirão em partida válida pelas semifinais da Copa das
Confederações. As autoridades acreditam que grupos de baderneiros vindos
do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, que já estão
enfrentando a polícia e depredando o patrimônio público e privado na
capital, serão reforçados por pessoas que virão para Minas com esse
objetivo. Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Cylton Brandão, os
arruaceiros desses grupos exercem o papel de iniciar, participar e
incentivar atos de vandalismo.
Além
dos 32 presos que se envolveram no quebra-quebra de sábado e madrugada
de ontem, o chefe da Polícia Civil informou que 30 pessoas já foram
identificadas e cerca de 50 estão sendo investigadas. Entre os presos, a
maioria já liberada devido a atos de vandalismo serem considerados
crime de menor potencial ofensivo, há pessoas com ficha policial.
“Alguns estão somente para tumultuar, mas outros têm passagens por
tráfico de drogas, furto, lesão corporal e ameaça”, afirma o delegado.
Brandão confirma que há policiais acompanhando as manifestações para
levantar pistas de envolvidos nas arruaças e fazer imagens da
destruição. Uma foto apresentada pelo delegado mostra uma turma reunida
com mochilas, onde os vândalos guardam bolas de gude, estilingues, bolas
de sinuca, chumbadas de pescaria e bombas caseiras. Essas pessoas
integram um dos três grupos já identificados pela corporação.
PONTO ESTRATÉGICO
Sobre a manifestação de quarta-feira, a PM informou que ainda está definindo as estratégias que vai adotar e que a proporção dos confrontos será maior do que os já ocorridos na cidade. “Não tenho dúvida de que teremos um embate muito mais acalorado, com ações muito mais contundentes por parte dos infratores. Com certeza teremos outros problemas no ponto nevrálgico da Avenida Abrahão Caram”, diz o coronel Márcio Sant’ana. Segundo o comandante da PM, o bloqueio nesse local, já feito no jogo entre Japão e México, será repetido. “O perímetro deu certo. Não tivemos nenhum problema na área de segurança. Um ponto que pode ser aprimorado é o retorno dos manifestantes, momento em que ficou muito clara a mudança de perfil das pessoas que participam dos protestos, com a entrada dos baderneiros”, disse o coronel.
PONTO ESTRATÉGICO
Sobre a manifestação de quarta-feira, a PM informou que ainda está definindo as estratégias que vai adotar e que a proporção dos confrontos será maior do que os já ocorridos na cidade. “Não tenho dúvida de que teremos um embate muito mais acalorado, com ações muito mais contundentes por parte dos infratores. Com certeza teremos outros problemas no ponto nevrálgico da Avenida Abrahão Caram”, diz o coronel Márcio Sant’ana. Segundo o comandante da PM, o bloqueio nesse local, já feito no jogo entre Japão e México, será repetido. “O perímetro deu certo. Não tivemos nenhum problema na área de segurança. Um ponto que pode ser aprimorado é o retorno dos manifestantes, momento em que ficou muito clara a mudança de perfil das pessoas que participam dos protestos, com a entrada dos baderneiros”, disse o coronel.
Saiba mais...
Grupos organizados de extrema direita e de extrema-esquerda incitam ataques em BH
Da festa ao caos - repórteres do em.com.br narram o que viram em Belo Horizonte
Maioria dos manifestantes foi às ruas para protestar com sentimento de paz
Estudantes denunciam ação violenta da Força Nacional no Centro de Belo Horizonte
Manifestantes fecham avenidas e rodovias na Grande BH
Segundo Sant’ana, 3.550 policiais
participaram da operação de sábado. O número receberá reforço de
companhias de missões especiais do interior do estado, como já ocorreu
na partida amistosa entre Brasil e Chile no Mineirão, em abril. Mais de 1
mil homens do Exército estarão posicionados dentro da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) para agir caso o câmpus Pampulha seja
alvo de vândalos, mas o coronel Sant’ana descartou contar com esse
efetivo para o trabalho nas ruas. “Nós não entendemos dessa forma. A
Polícia Militar tem um efetivo suficiente treinado, capacitado e
qualificado”, garante.
O militar aproveitou para valorizar a ação executada pelo Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), que tomou a Praça Sete na noite de sábado. Ele avalia a atuação dos militares como uma resposta aos vândalos para mostrar que a PM tem controle da situação. “Às vezes, quando adotamos uma atitude tolerante, as pessoas confundem isso com fragilidade. Então, ali foi uma necessidade de mostrarmos que o aparato policial não é frágil e que a gente consegue dispersar e defender determinados locais, se assim for necessário, de forma rápida, vigorosa, e sobretudo técnica”, concluiu o comandante.
O militar aproveitou para valorizar a ação executada pelo Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), que tomou a Praça Sete na noite de sábado. Ele avalia a atuação dos militares como uma resposta aos vândalos para mostrar que a PM tem controle da situação. “Às vezes, quando adotamos uma atitude tolerante, as pessoas confundem isso com fragilidade. Então, ali foi uma necessidade de mostrarmos que o aparato policial não é frágil e que a gente consegue dispersar e defender determinados locais, se assim for necessário, de forma rápida, vigorosa, e sobretudo técnica”, concluiu o comandante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário