Miriam Burgués
Em Washington
Em Washington
Ter uma arma de fogo em casa é obrigatório para os moradores da cidade de Nelson (EUA), enquanto em outros lugares do país esse direito é defendido com descontos na compra de pizzas e sorvetes para quem apresentar uma pistola ou espingarda.
Na semana passada, os cinco membros do conselho de Nelson, município de pouco mais de mil habitantes ao norte de Atlanta (Geórgia), votaram por unanimidade em uma ordem muito clara: cada "chefe de família" é "obrigado a ter uma arma de fogo, junto com a munição correspondente".
O objetivo é "prever a gestão de emergências e, sobretudo, "proteger a segurança e o bem-estar geral da cidade e de seus habitantes", diz o texto do acordo, ao qual a Agência Efe teve acesso.
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15.fev.2013
- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abraça Sarah Davino
(esquerda) e Maria Davino (direita), a quem ele entregou a "Medalha
Presidencial para Cidadãos" às seis professoras mortas na escola
primária em Newtown (Connecticut) em dezembro do ano passado, no Salão
Leste da Casa Branca, em Washington, nesta quinta-feira (15) Jonathan Ernst/Reuters
Trata-se, segundo Jarrett, de mostrar "o apoio" dos moradores de Nelson à Segunda Emenda da Constituição americana, que protege o direito de ter e portar armas, em meio ao debate nacional sobre se é ou não necessário restringi-lo para prevenir tiroteios maciços.
Após um desses tiroteios, cometido em uma escola de Newtown (Connecticut) em dezembro, que deixou 20 crianças e 6 adultos mortos, o presidente Barack Obama iniciou pessoalmente uma campanha por um maior controle das armas que polarizou vários cidadãos e deu lugar a iniciativas como a de Nelson.
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Dean
Cass, policial de Seattle, no Estado americano de Washington, lê o
número de série de arma vendida para o Departamento de Polícia, neste
sábado (26), através de um programa de recompensa promovido pelo órgão,
em que moradores trocaram armas por um vale-presente no valor de US$ 100
ou US$ 200 Nick Adams/Reuters
As pessoas pobres, as que sofrem alguma incapacidade física ou mental, as declaradas culpadas de um delito grave e as que se opõem às armas de fogo por crenças religiosas ficam isentas de cumprir o acordo.
A norma aprovada em Nelson imita outra similar adotada em 1982 pela cidade de Kennesaw, localizada a cerca de 50 quilômetros e também na Geórgia.
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26.jan.2013
- Manifestantes erguem cartazes durante protesto pelo controle de armas
em Washington, nos Estados Unidos, neste sábado (26). Motivados pelo
massacre na Escola Primária Sandy Hook, ocorrido em Newtown,
Connecticut, em dezembro de 2012, centenas de ativistas participaram de
uma marcha pelo controle de armas nomeada de "Um Milhão de Mães para o
Controle de Armas" Leia mais Brendan Hoffman/AFP
Segundo declarou Pam Davis, uma porta-voz de Kennesaw, ao jornal "USA Today", havia 11 roubos por cada mil habitantes, e após a aprovação da norma essa taxa caiu para 2,7.
Spring City, no estado de Utah, também aprovou no início do ano um acordo que "recomenda" que em cada lar haja uma arma de fogo, enquanto em Byron (Maine) fracassou uma iniciativa similar.
Mas os incentivos a possuir armas e a defender a Segunda Emenda adotaram outras formas, muitas delas não isentas de originalidade e gancho comercial.
Jay Laze, proprietário do restaurante All Around Pizza and Deli, em Virgínia Beach (Virgínia), ofereceu em fevereiro descontos de até 15% a quem chegasse a seu restaurante mostrando uma arma ou uma permissão para levá-las escondidas.
Laze se inspirou em uma iniciativa similar de uma loja de sorvetes de South Odgen (Utah), e nesta mesma sexta-feira, outro restaurante da Virgínia, situado em Leesburg e chamado The Cajun Experience, anunciou descontos de 10% para os "amigos das armas".
Faltando mudanças nas normas federais, durante este ano seis estados dos EUA aprovaram leis que restringem o acesso às armas, mas outros dez adotaram medidas que aumentam a permisividade, de acordo com dados do Centro de Leis para Prevenir a Violência com Armas.
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