Mortes
`Policiais da cúpula da PC e da PM estariam ligados a crimes’, diz Durval
FOTO: ALEXANDRE GUZANCHE - 6.10.2009
Fuga. De acordo com deputado, alguns envolvidos já deixaram a cidade após início das apurações
O
deputado estadual Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos
Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), afirmou, ontem, que
as prisões relativas aos crimes cometidos no Vale do Aço serão
realizadas também na região metropolitana, no Triângulo e no Sul de
Minas. Uma força-tarefa da Polícia Civil investiga, desde a última
semana, 14 crimes cometidos na região, dentre eles, os assassinatos do
jornalista Rodrigo Neto, em 8 de março, e do fotógrafo Walgney Carvalho,
no dia 14 deste mês.
"Tinha muita gente que cometia crimes na região (do Vale do Aço), e, quando o problema vinha à tona, eles eram transferidos", disse o deputado.
O promotor Bruno Jardini, que atua na área criminal de Ipatinga, já havia admitido que suspeitos estavam sendo investigados em outras regiões de Minas. Outra informação já confirmada por ele é que policiais militares também poderão ser detidos. Ontem, o promotor não foi encontrado pela reportagem.
Segundo o deputado, só na semana passada, cinco mandados de prisão foram expedidos. No entanto, três policiais já teriam "fugido". "O problema é que eles fizeram isso de forma legal, tirando licença médica e férias-prêmio".
O parlamentar ainda confirmou a afirmação do promotor e revelou que, entre os próximos detidos, devem estar membros da cúpula local das corporações. Durval defendeu que o júri dos policiais detidos seja realizado na capital e adiantou que o Tribunal de Justiça (TJMG) enviará juizes da corregedoria para acompanhar as investigações. "Já tivemos até um juiz afastado (Marcelo Gonçalves de Paula), em março. Estavam acontecendo problemas até mesmo no inquérito do Rodrigo Neto, com coisas (como mandados) que eram pedidas e negadas", relata Durval.
Transferências. Um dos exemplos do remanejamento foi em 2012, quando, após uma denúncia de corrupção feita por um vereador, diversos agentes foram transferidos. Um delegado de Coronel Fabriciano foi enviado para a capital, e, outro, para Inhapim, na Zona da Mata. Um investigador acabou designado para Nova Lima, e, outros dois, para Sabará.
"Tinha muita gente que cometia crimes na região (do Vale do Aço), e, quando o problema vinha à tona, eles eram transferidos", disse o deputado.
O promotor Bruno Jardini, que atua na área criminal de Ipatinga, já havia admitido que suspeitos estavam sendo investigados em outras regiões de Minas. Outra informação já confirmada por ele é que policiais militares também poderão ser detidos. Ontem, o promotor não foi encontrado pela reportagem.
Segundo o deputado, só na semana passada, cinco mandados de prisão foram expedidos. No entanto, três policiais já teriam "fugido". "O problema é que eles fizeram isso de forma legal, tirando licença médica e férias-prêmio".
O parlamentar ainda confirmou a afirmação do promotor e revelou que, entre os próximos detidos, devem estar membros da cúpula local das corporações. Durval defendeu que o júri dos policiais detidos seja realizado na capital e adiantou que o Tribunal de Justiça (TJMG) enviará juizes da corregedoria para acompanhar as investigações. "Já tivemos até um juiz afastado (Marcelo Gonçalves de Paula), em março. Estavam acontecendo problemas até mesmo no inquérito do Rodrigo Neto, com coisas (como mandados) que eram pedidas e negadas", relata Durval.
Transferências. Um dos exemplos do remanejamento foi em 2012, quando, após uma denúncia de corrupção feita por um vereador, diversos agentes foram transferidos. Um delegado de Coronel Fabriciano foi enviado para a capital, e, outro, para Inhapim, na Zona da Mata. Um investigador acabou designado para Nova Lima, e, outros dois, para Sabará.
Envolvimento
Políticos também podem ser detidos em breve
Políticos
que atuam em Ipatinga e na região do Vale do Aço também estão sendo
investigados por envolvimento em 14 crimes apurados pela Polícia Civil. A
informação foi confirmada pelo deputado estadual e presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
Durval Ângelo. "Ainda vai cair um peixe grande e que já está fora de
combate, aposentado. Mas só digo o nome à imprensa se as investigações
não surtirem o resultado esperado", afirmou, destacando que mais de um
político deve ser detido.
Entre as testemunhas enviadas para fora do Estado, de acordo com o parlamentar, estão adolescentes. "Temos um monte de testemunhas no programa de proteção e no Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte", disse.
Governador. Hoje, o governador Antonio Anastasia estará em Ipatinga para inauguração de obra no Hospital Márcio Cunha. A assessoria do governador não confirmou se ele terá algum compromisso relacionado ao caso do jornalista Rodrigo Neto. (JHC)
Entre as testemunhas enviadas para fora do Estado, de acordo com o parlamentar, estão adolescentes. "Temos um monte de testemunhas no programa de proteção e no Programa de Proteção às Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte", disse.
Governador. Hoje, o governador Antonio Anastasia estará em Ipatinga para inauguração de obra no Hospital Márcio Cunha. A assessoria do governador não confirmou se ele terá algum compromisso relacionado ao caso do jornalista Rodrigo Neto. (JHC)
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