terça-feira, 2 de abril de 2013

Rússia: Após passagem de asteroide, um suspiro de alívio

Por Henry Fountain- The New York Times News Service/Syndicate

Usando uma variedade de vídeos colaborativos, informações provenientes do Google Earth e dados de sensores que servem para a interdição de testes nucleares, cientistas obtiveram uma imagem muito mais precisa do pequeno asteroide que explodiu perto da cidade russa de Chelyabinsk no mês passado.
Usando uma variedade de vídeos colaborativos, informações provenientes do Google Earth e dados de sensores que servem para a interdição de testes nucleares, cientistas obtiveram uma imagem muito mais precisa do pequeno asteroide que explodiu perto da cidade russa de Chelyabinsk em fevereiro deste ano.
O que fica mais claro, porém, é que mesmo que Chelyabinsk não tenha conseguido exatamente escapar do asteroide em 15 de fevereiro, a cidade teve sorte de ter sido atingida apenas de raspão por ele.
"O povo de Chelyabinsk teve muita sorte", disse Edward Lu, ex-astronauta que atualmente chefia a Fundação B612, uma iniciativa privada dedicada a detectar asteroides desse mesmo tipo, em uma audiência realizada na semana passada no Congresso dos Estados Unidos sobre as ameaças vindas do espaço.
O meteoro russo – que, de acordo com as últimas estimativas, tinha cerca de 18 metros de diâmetro e chegou ao espaço aéreo sem ser detectado a cerca de 67 mil quilômetros por hora – estava a quase 25 quilômetros de altura quando explodiu. Não houve mortes, e a maioria das 1.500 pessoas machucadas se feriu com pedaços de vidro, quando janelas se quebraram após uma onda de choque atingir a cidade 88 segundos depois.
"Se ele tivesse explodido mais perto da terra, teria sido pior", disse Margaret Campbell-Brown, membro de uma equipe de pesquisadores da Universidade do Oeste de Ontario que analisou a órbita do meteoro e as características da explosão. O que também ajudou foi o fato de que o meteoro era pedregoso – o que os cientistas chamam de condrito ordinário – e não um mais raro de ligas de ferro e níquel, caso em que ele poderia ter chegado ao solo antes de explodir.
A explosão envolveu a maior bola de fogo vista desde o evento de Tunguska, ocorrido em 1908, e à medida que vídeos provenientes de sistemas de vigilância, de câmeras montadas em automóveis e gravados por celulares começaram a ser rapidamente publicados na Internet, ficou evidente que essa explosão seria estudada como nenhuma outra, com cientistas e blogueiros amadores se apressando para analisar as imagens.

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