Alta de 20,17% registrada em fevereiro perdeu força, para 6,14% em março.
Já a cebola marcou alta de 21,43%, contra 11,64% de fevereiro.
Acumulando uma alta de preços de 122,13% em 12 meses, o tomate se
tornou joia rara na mesa do brasileiro, principalmente no início do ano,
mas começa a dar sinais de que vai voltar ao cardápio. A alta de 20,17%
registrada em fevereiro caiu para 6,14% em março, segundo o Indíce
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estística (IBGE) nesta quarta-feira (10).
O IPCA, que mede a inflação oficial do país, em março marcou 0,47%,
menos que o registrado em fevereiro, 0,60%, e foi o menor índice desde
agosto de 2012, quando chegou a 0,41%. Mas no acumulado de 12 meses
somou 6,59%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco
Central, de 6,5%.
Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Coordenação de Índices de
Preços do IBGE, explica que sendo uma das culturas mais suscetíveis às
mudanças climáticas, o tomate vem sofrendo desde meados do ano passado
com secas e chuvas. Mas segundo a gerente, além de parte da safra deste
ano já estar no mercado, a previsão do próprio IBGE é que a safra de
cereais, oleaginosas e leguminosas de 2013 seja 12% maior que a do ano
anterior e as condições do clima para este ano são melhores.
"A previsão é de que o arroz tenha uma safra 5% maior que a do ano
passado, e a de soja, 23%", disse Eulina, ressaltando ainda que a
desoneração da cesta básica já pode estar ajudando a conter a alta de
alguns produtos.
Mas segundo a coordenadora, o efeito da desoneração vai ser mais bem percebido nos próximos meses.
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Situação semelhante ao tomate, que em julho de 2012 chegou a custar R$ 8 o quilo,
é a que sofre a farinha de mandioca, produto indispensável na mesa no
Norte e no Nordeste. Ao longo do ano passado, a seca prejudicou a safra
de mandioca e a farinha acumula em 12 meses uma alta de 151,39%.
E, assim como o tomate, mostrou recuo nos preços em março, com uma variação de 5,11% contra 16,15% registrada em fevereiro.
Já a cebola pode ser considerada a vilã de março nas compras do mês: apresentou alta de 21,43% contra 11,64% de fevereiro.
Também o açaí, alimento básico da dieta da população do Norte, marcou
alta de 16,77% em fevereiro, subindo para 18,31% em março, também por
excesso de demanda para produtos que tiveram a produção prejudicada pelo
clima.
Apesar das altas registradas em alguns itens, o grupo dos alimentos
mostrou recuo com relação ao mês anterior: 1,5% em fevereiro e 1,14% em
março, colaborando para a desaceleração do IPCA, que teve como principal
fator o significativo recuo no item educação (5,40% em fevereiro contra
0,56% em março) por conta da folga no orçamento doméstico, uma vez que o
gasto com mensalidades, uniforme e material escolar foi em fevereiro.
Fora do grupo de alimentos, as principais altas continuam no setor de
serviços. Os gastos com empregados domésticos subiu 1,53% em março
contra 1,12%, em fevereiro, ainda não como reflexo da PEC das
Domésticas, mas pela tendência de alta registrada ao longo de 12 meses
(12%), por conta da pouca oferta e grande demanda.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apresentado na mesma divulgação do IBGE, variou de 0,52%, em fevereiro, para 0,60%, em março. Com isso, fechou o primeiro trimestre em 2,05%, acima da taxa de 1,08% relativa a igual período de 2012 e, em 12 meses, registrou 7,22%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (6,77%). Em março de 2012 o INPC havia ficado em 0,18%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apresentado na mesma divulgação do IBGE, variou de 0,52%, em fevereiro, para 0,60%, em março. Com isso, fechou o primeiro trimestre em 2,05%, acima da taxa de 1,08% relativa a igual período de 2012 e, em 12 meses, registrou 7,22%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (6,77%). Em março de 2012 o INPC havia ficado em 0,18%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 1,16% em março, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,36%.
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