John Kerry se reúne com Xi Jinping em meio à crise na península coreana
Pequim,
13 abr (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry,
disse neste sábado em Pequim que não tem 'nenhuma dúvida' de que a China
é 'muito séria' quando aborda a questão da 'desnuclearização' da
península coreana.
O chefe da diplomacia americana fez as
declarações em entrevista coletiva na capital chinesa após se reunir com
várias autoridades chinesas, entre eles o presidente Xi Jinping e o
primeiro-ministro Li Keqiang.
Kerry mencionou especialmente a
'declaração conjunta' realizada hoje pela China e os Estados Unidos
sobre o compromisso de se buscar 'uma solução pacífica' para o conflito
da Coreia do Norte.
Ambos os países concordaram em apostar no
caminho das negociações e a retomar as conversas de seis lados (com as
duas Coreias, EUA, China, Japão e Rússia), apesar destas se encontrarem
paralisadas por Pyongyang desde 2008.
Para isso, Kerry afirmou que
Pequim e Washington continuarão conversando nos próximos dias e
anunciou que o vice-secretário de Estado, William Burns, visitará em
breve a capital chinesa ao lado de membros do gabinete do presidente
americano, Barack Obama.
'Desta forma demonstraremos que não é só retórica, mas diplomacia real', disse.
Kerry
se mostrou muito satisfeito com o compromisso demonstrado por parte do
conselheiro de Estado chinês -o máximo representante da política externa
da potência asiática-, Yang Jiechi, e enfatizou que as declarações
conjuntas 'não são frequentes' por parte da China.
Esse e outros
motivos levaram Kerry a destacar que 'está claríssimo que a China quer
obedecer seu compromisso internacional' sobre a desnuclearização da
península coreana.
O secretário de Estado se reuniu em Pequim com o
presidente da China, Xi Jinping; o primeiro-ministro, Li Keqiang; o
ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, e o conselheiro de Estado,
Yang Jiechi.
O funcionário americano, que chegou hoje a Pequim
procedente de Seul, reiterou que as ameaças da Coreia do Norte são
'contraproducentes' e encorajou Pyongyang a interromper as provocações.
O
regime norte-coreano está há mais de mês fazendo ameaças bélicas contra
Seul e Washington. Mais precisamente, desde que o Conselho de Segurança
da ONU aprovou um novo pacote de sanções contra Pyongyang após o
terceiro teste nuclear realizado pela Coreia do Norte.
A ameaça
mais forte do regime norte-coreano é o lançamento de um míssil, algo que
os analistas consideram que poderia antes de segunda-feira, dia 15 de
abril, quando a Coreia do Norte lembra o 101º nascimento do fundador do
país e avô do atual líder Kim Il-sung. Geralmente, nestas datas
Pyongyang costuma realizar demonstrações de força.
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