quarta-feira, 24 de abril de 2013

2014: Como se a eleição fosse a pouco meses. Dilma, Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva já entraram em campo


Publicado no Jornal OTEMPO em 23/04/2013

FOTO: ALEXSSANDO LOYOLA / DIVULGAÇÃO / PSDB
Presença. Aécio Neves tem afinado suas críticas ao governo Dilma e concorre à presidência do PSDB
São Paulo. Direta ou indiretamente, todos os pré ou potenciais candidatos à Presidência da República já reclamaram da exagerada - mas não inédita - antecipação da disputa eleitoral de 2014.
Apesar disso, nenhum dá sinais de desaceleração. Pelo contrário. Na agenda, nas articulações e nas declarações públicas, os pré-candidatos atuam cada vez mais como se estivessem a poucos meses do pleito.
A cerca de um ano e seis meses da eleição, o quadro de concorrentes parece consolidado: a presidente Dilma Rousseff (PT) deve disputar a reeleição contra um franco opositor, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB); um "descolado" da base aliada, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); e uma dissidente do atual consórcio do poder, a ex-ministra Marina Silva, agora engajada na viabilização de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.
Nesse cenário, também já é possível listar as vantagens objetivas e, principalmente, as fragilidades evidentes de cada desafiante.
Com a popularidade em alta, 58% das intenções de voto na última simulação do Datafolha, maior arco de alianças e maior capacidade de arrecadação de recursos para a campanha, é difícil achar alguém que coloque em dúvida o favoritismo de Dilma.
Seus maiores riscos, pelo menos por enquanto, estão na gestão da economia, já que o país cresce em ritmo menor na comparação com o período anterior, de Lula.
Aécio e Campos têm gestões bem avaliadas em seus currículos, mas ainda enfrentam questionamentos em seus próprios partidos e tendem a ter muito mais dificuldades para fazer alianças. Mas a situação mais complicada é a de Marina. Mesmo sendo bem sucedida na criação da Rede, ela teria o menor tempo na TV.
O senador Aécio Neves e o governador Eduardo Campos têm utilizados como principal estratégia eleitoral as constantes críticas ao governo federal. O mineiro tem sido mais incisivo em seus discursos, ressaltando, especialmente, os problemas econômicos do país e as carências dos municípios.
Já Campos tem adotado um tom mais amenos, mas tem cobrado da presidente Dilma iniciativas voltadas para a região Nordeste. Na condição de ainda aliado de Dilma, Campos tem explicado que as críticas são construtivas.
Aliado
Cid Gomes quer debate oficial sobre candidatura
OLINDA. O governador do Ceará e presidente do PSB no Estado, Cid Gomes, vai propor à direção nacional do partido que comece a discutir oficialmente se lançará, no próximo ano, a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Representante da ala "dilmista" do PSB, Cid convocou para a noite de ontem uma reunião da Executiva estadual da sigla, e disse que iria colocar o assunto em pauta.
Se os demais integrantes concordarem, a proposta será enviada formalmente ao PSB nacional.
"O assunto (candidatura própria) já está no mundo e é importante que o partido tenha uma posição oficial sobre isso", afirmou Cid. Para ele, não é preciso decisão imediata, mas o importante é que o debate comece.
Campos não assumiu candidatura publicamente e diz que só discutirá 2014 no próximo ano. No entanto, o socialista movimenta-se cada vez mais nos bastidores em busca de apoio político.




Nenhum comentário: