História.
As primeiras tropas da FEB foram enviadas à Itália há 68 anos
FOTO: FOTOS JOÃO MIRANDA
Sede. O Museu da Força Expedicionária Brasileira (FEB) funciona em uma casa no bairro Floresta, em Belo Horizonte
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Imagine
ser reservista do Exército e ouvir pela rádio local seu nome ser
convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Essa é uma
das histórias que o 1º tenente Geraldo Campos Taitson, 91, tem para
contar no Museu da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no bairro
Floresta, na região Leste de Belo Horizonte.
Ele foi um dos 25.334 combatentes brasileiros enviados à Itália, em 1944, e que lutaram 239 dias ao lado dos Aliados contra as forças nazistas de Adolf Hitler. Hoje, Taitson é um dos monitores voluntários do museu que busca resgatar a história de heróis nacionais.
Revitalizado no ano passado, o acervo do Museu da FEB conta com objetos originais da época do conflito, como fardas, cartas pessoais, armamento e medalhas. Todo primeiro domingo do mês, como hoje, colecionadores fazem exposição de carros militares da Segunda Guerra e de outros combates na frente do museu.
História. Amanhã completam 68 anos do dia em que as primeiras tropas da FEB foram enviadas ao país europeu. Segundo Taitson, que pertencia ao 11º Regimento Infantaria de São João del Rey, no Campo das Vertentes, o primeiro grupo, que saiu do Brasil com mais de 5.000 oficiais, foi organizado em São Paulo.
Em seguida, o então soldado Taitson e seus colegas mineiros e do Rio de Janeiro embarcaram em um navio norte-americano até Nápoles, na Itália. Lá, eles seguiram o roteiro do general João Batista Mascarenhas de Moraes e viajaram até Camaiore, na região da Toscana, onde começou a libertação italiana do fascismo alemão.
"Até hoje, o Exército brasileiro é muito bem-admirado na Itália. Distribuíamos comida para os italianos, dávamos chocolate e a ração que comíamos para eles", lembra.
Para Marcos Moretzsohn Renault Coelho, o vice-presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB - Regional de Belo Horizonte, o museu é uma forma de reconhecimento aos combatentes brasileiros. "Nossa história está aqui. Ninguém quer lembrar da guerra, mas da paz que veio através dessas pessoas. Não vamos nos esquecer delas", fala.
O Museu da FEB fica na avenida Francisco Sales, 199, Floresta, BH. A visitação é gratuita, das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 13h aos sábados e domingos.
Ele foi um dos 25.334 combatentes brasileiros enviados à Itália, em 1944, e que lutaram 239 dias ao lado dos Aliados contra as forças nazistas de Adolf Hitler. Hoje, Taitson é um dos monitores voluntários do museu que busca resgatar a história de heróis nacionais.
Revitalizado no ano passado, o acervo do Museu da FEB conta com objetos originais da época do conflito, como fardas, cartas pessoais, armamento e medalhas. Todo primeiro domingo do mês, como hoje, colecionadores fazem exposição de carros militares da Segunda Guerra e de outros combates na frente do museu.
História. Amanhã completam 68 anos do dia em que as primeiras tropas da FEB foram enviadas ao país europeu. Segundo Taitson, que pertencia ao 11º Regimento Infantaria de São João del Rey, no Campo das Vertentes, o primeiro grupo, que saiu do Brasil com mais de 5.000 oficiais, foi organizado em São Paulo.
Em seguida, o então soldado Taitson e seus colegas mineiros e do Rio de Janeiro embarcaram em um navio norte-americano até Nápoles, na Itália. Lá, eles seguiram o roteiro do general João Batista Mascarenhas de Moraes e viajaram até Camaiore, na região da Toscana, onde começou a libertação italiana do fascismo alemão.
"Até hoje, o Exército brasileiro é muito bem-admirado na Itália. Distribuíamos comida para os italianos, dávamos chocolate e a ração que comíamos para eles", lembra.
Para Marcos Moretzsohn Renault Coelho, o vice-presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB - Regional de Belo Horizonte, o museu é uma forma de reconhecimento aos combatentes brasileiros. "Nossa história está aqui. Ninguém quer lembrar da guerra, mas da paz que veio através dessas pessoas. Não vamos nos esquecer delas", fala.
O Museu da FEB fica na avenida Francisco Sales, 199, Floresta, BH. A visitação é gratuita, das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 13h aos sábados e domingos.
Depoimento
"Era soldado de infantaria. É a tropa que mais sofre numa guerra, pois vai a pé tirar o inimigo".
"A
convocação era feita pelo rádio. Eu morava em Belo Horizonte, no Santa
Tereza. Fiquei apreensivo; ninguém gosta de ir para a guerra. Recebemos
instrução durante um ano e meio. (...) Lutamos bravamente e tomamos a
região da Bolonha, e os alemães fugiram para Montese, que tem um
significado importante, pois foi tomada pelos mineiros de São João del
Rey. Segundo o general (João Batista Mascarenhas de Moraes), foi a
batalha mais sangrenta. Os alemães ficaram encurralados pela FEB e pela
artilharia. (...) Eu era soldado de infantaria. É a tropa que mais sofre
numa guerra, pois vai a pé tirar o inimigo de onde ele está escondido.
Em Montese, eu fui ferido no braço. Levei um estilhaço de granada, e ele
se alojou na minha costela. Como vi que não era muito grave, pedi meu
sargento Júlio da Silva Oliveira, do Norte de Minas, para fazer o
curativo. Ele tirou um estojo com penicilina, esparadrapo e gaze. Dois
dias depois, eu estava na linha de frente, renovado. (...) Fui designado
na Itália para tomar conta de uma região onde havia muita infiltração
de alemães. Nosso quartel estava numa estação termal e para chegar em
Monte Castelo tinha uma ponte, que era muito visada pelos alemães. Um
amigo meu do Mato Grosso foi imprevidente e ficou sentado num barranco.
Lá de cima, um alemão localizou ele e o matou. Perdi muitos amigos.
Essas coisas acontecem em qualquer guerra. Isso faz parte da guerra, e a
gente não pode fazer nada. (...) Foram 239 dias de luta, mas ficamos um
ano na Itália. Foi agradável voltar para casa. (...) Vim para o Museu
da FEB voluntariamente, pois não quero que essa história se perca. Fomos
para a guerra na juventude. Eu tinha 21 anos. Então a gente não quer
que essa fase da vida, a mais gloriosa, se perca".
1º tenente Geraldo Campos Taitson
Ex-Combatente da
2ª Guerra Mundial
1º tenente Geraldo Campos Taitson
Ex-Combatente da
2ª Guerra Mundial
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