quinta-feira, 19 de julho de 2012

Agente da PF pode ter sido executado por profissionais

19/07/2012 01h33 - Atualizado em 19/07/2012 01h33

Características dos tiros reforçam a hipótese de execução.
Polícia Civil diz ter um suspeito do assassinato.

Do G1, com informações do Jornal da Globo
Segundo laudo preliminar de balística, o policial federal Wilton Tapajós, morto na terça-feira (17) no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, levou dois tiros de revólver calibre 38: o primeiro, na nuca, à média distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de confirmação. Fontes ligadas à investigação afirmam que as características dos tiros reforçam a hipótese de que o agente foi executado e mostram que o crime pode ter sido cometido por profissionais.
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) informou nesta quarta-feira (18) que já tem um suspeito do assassinato. A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou também que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília.
Com as novas informações, os investigadores trabalham agora com duas possibilidades: morte encomendada ou acerto de contas. De acordo com a PF, Tapajós estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que estava com o agente – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas.
Os parentes do agente prestaram depoimento nesta quarta, mas eles não souberam indicar suspeitos. Os jardineiros que trabalhavam no cemitério também foram ouvidos. Com base nas informações, a polícia elaborou um retrato falado.
Tapajós trabalhou na Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Carlos Cachoeira e outras 34 pessoas envolvidas com jogo do bicho. O agente também trabalhou em outras operações de combate à pedofilia e de proteção a testemunhas
O agente estava há 24 anos na PF e fazia parte do núcleo de inteligência. Nesta quarta, a PF abriu inquérito para investigar o assassinato. A PF informou que a investigação será paralela à realizada pela Polícia Civil.
Nesta manhã, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, disse que é "precipitado" afirmar que o assassinato do policial federal tem relação com a participação do agente na Operação Monte Carlo. "Nesse momento é precipitado tirar qualquer conclusão em relação a esses fatos. Mas a Polícia Federal está se empenhando e seguramente nós vamos encontrar as causas desse ato perverso que vitimou o agente da PF", afirmou Cardozo.
O enterro do agente será realizado nesta quinta-feira (19), a partir das 9h.

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