O esgoto doméstico, como o lixo orgânico,
despejado nos cursos d’água, pode até ser diluído após alguns
quilômetros, poluindo apenas os primeiros quilômetros do curso. O mesmo
não acontece com os chamados metais pesados, aqueles que, na tabela
periódica, estão situados entre o cobre e o chumbo. A principal
característica desses elementos é que são metais quimicamente altamente
reativos e bioacumuláveis, ou seja, os organismos não são capazes de
eliminá-los.
Em outras palavras, trata-se da pior das poluições. Como resíduos industriais, lançados na água, no solo ou no ar, são absorvidos pelos vegetais e animais, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar. Metais pesados como o mercúrio, chumbo, arsênio e cádmio não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças.
Esse é o diagnóstico que pode estar por trás do desaparecimento de peixes na bacia do Rio Doce. Pesquisadores descobriram que um dos principais afluentes do Rio Doce, o rio Piracicaba, estaria contaminado por uma alta concentração de metais pesados, como mercúrio e arsênio. Fruto da mineração desenfreada e sem controle ao longo de décadas, da falta de aterros sanitários e falhas no tratamento de esgoto domiciliar e industrial.
Em outras palavras, trata-se da pior das poluições. Como resíduos industriais, lançados na água, no solo ou no ar, são absorvidos pelos vegetais e animais, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar. Metais pesados como o mercúrio, chumbo, arsênio e cádmio não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças.
Esse é o diagnóstico que pode estar por trás do desaparecimento de peixes na bacia do Rio Doce. Pesquisadores descobriram que um dos principais afluentes do Rio Doce, o rio Piracicaba, estaria contaminado por uma alta concentração de metais pesados, como mercúrio e arsênio. Fruto da mineração desenfreada e sem controle ao longo de décadas, da falta de aterros sanitários e falhas no tratamento de esgoto domiciliar e industrial.
O mercúrio foi encontrado no organismo do peixe conhecido no Vale do Rio Doce como acará, segundo análise dos músculos feita no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear do Conselho de Energia Nuclear (CDTN/Cnen), em Belo Horizonte. O acará se alimenta de sedimentos do fundo do rio e o mercúrio estava no organismo em concentrações acima do limite tolerável pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Lá na região do Rio Doce, há também registros de pessoas contaminadas ou que passaram mal depois de consumir os peixes ou entrar em contato com a água. O contato com grandes concentrações de mercúrio pode provocar lesões cerebrais. No caso do arsênio, o risco é o de câncer de pele.
A denúncia é grave. De acordo com a pesquisadora Marluce Teixeira Andrade Queiroz, o maior rigor da legislação ambiental levou as empresas a melhorar a qualidade dos rejeitos lançados nos rios da região. Contudo, ela assinala que ainda são necessários investimentos para a recuperação dos cursos d’água, como o tratamento de esgoto. É um mutirão que anda meio esquecido pelos ambientalistas, muito preocupados com o aquecimento do planeta, enquanto as águas continuam sendo contaminadas, levando perigo para peixes e consumidores.
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