quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ranking do Poder Militar na América do Sul - 2007 / 2008

O presente estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia exclusiva desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram analisados fatores militares, econômicos e geopolíticos de cada país, atribuindo-se pontos e um peso para cada item de acordo com sua importância, que em sua totalidade refletiram a escala de poder das principais nações sul-americanas:...............................................................................

País
Exército
(pontos)
Marinha (pontos)
Força Aérea
(pontos)
Efetivos
/ Pop.
(pontos)
G.M. / PIB
(pontos)
EDN
(pontos)
P.E.
(pontos)
Total
de
pontos
Ranking
Brasil
252
161
275
10
30
25
47
800
Chile
198
105
112
40
40
35
26
556
Peru
188
105
137
30
30
15
26
531
Argentina
148
107
95
10
20
20
34
434
Colômbia
60
71
130
40
50
25
30
406
Venezuela
89
80
142
20
20
30
19
400
Equador
51
56
51
40
40
15
8
261
© www.militarypower.com.br

Análise:

O continente sul-americano tem passado por sérias crises políticas e alguns abalos econômicos que arrefeceram as boas perspectivas de crescimento para os países da região. O movimento separatista do Departamento de Santa Cruz de la Sierra na Bolívia, a perseguição aos "brasiguaios" no Paraguai, o estremecimento das relações diplomáticas entre Equador e Colômbia devido ao ataque a um acampamento das FARC em território equatoriano, as ingerências de Hugo Chavez com sua "revolução bolivariana" e uma onda de nacionalizações prejudiciais aos nossos interesses, provocaram tensões pontuais ao longo do último período, a ponto de levar o governo brasileiro a aprovar o Decreto nº 6.592 que autoriza uma resposta militar a agressões estrangeiras a seus cidadãos ou empresas, mesmo que não haja invasão do território nacional. Assim, mais uma vez as necessidades orçamentárias das Forças Armadas sul-americanas ficaram em segundo plano, embora se reconheça a urgência de se modernizar o aparato militar na região. A Venezuela ainda mantém seus investimentos pesados em defesa, embora ainda não tenham se refletido no resultado do ranking deste ano. A Colômbia também renova seus equipamentos, sempre com a ajuda americana, obtendo boas vitórias sobre as FARC, que começam a dar sinais de enfraquecimento com a morte de seus principais líderes. No Chile, apesar de continuar com investimentos consistentes no setor, já existe uma corrente política que propõe uma revisão na Lei do Cobre, o que poderá diminuir a fonte de recursos nos próximos anos. No Brasil há uma grande expectativa quanto a apresentação do Plano Nacional de Defesa, que proporá mudanças profundas na organização das Forças Armadas e apontará as principais necessidades em termos de reequipamento. No presente estudo, foram feitas algumas alterações na metodologia, que aumentou o peso de alguns equipamentos, provocando uma elevação na pontuação final de cada país. O Brasil ainda lidera o ranking com alguma vantagem sobre os demais, por conta ainda do tamanho de seu aparato militar, que embora não seja nada assustador em relação ao Primeiro Mundo, ainda é considerável em relação aos países do continente. O Chile conseguiu um sensacional 2º lugar, desbancando o Peru que caiu para a 3ª posição, com a Argentina mantendo um decepcionante 4º lugar, para um país que já rivalizou com o Brasil no passado. Outra surpresa foi a Colômbia que obteve o 5º lugar, ultrapassando a Venezuela, que apesar dos pesados investimentos que vem fazendo, com aquisição de material militar predominantemente de origem russa, não se refletiu no ranking atual, devido ao longo período de maturação deste tipo de investimento. A crise financeira que abalou o mundo nos últimos meses poderá ter consequências imprevisíveis para a economia dos países, evidentemente provocando novos cortes nos orçamentos militares já tão prejudicados, mas talvez não seja capaz de impedir a evolução de alguns projetos em andamento, pela premência das diversas Forças Armadas em substituir material que atingiu um grau de obsolescência insustentável.
Fonte: http://www.militarypower.com.br/ranking.htm 

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