quinta-feira, 12 de abril de 2012

Minas Gerais amplia exportação de tecnologia

Em alguns segmentos, como cavalos e bovinos reprodutores de raça pura, expansão superou 1000%
Luiz Costa
Victor Júnior
Victor Júnior, da Quibasa, quer expandir as vendas da empresa para o Oriente Médio
As exportações mineiras de produtos intensivos em informação e conhecimento, como os fármacos e biotecnológicos, cresceram 7,5% em 2011 frente a 2010. O montante comercializado no ano passado atingiu US$ 3,9 bilhões contra US$ 3,6 bilhões no ano anterior. Há casos de elevação de até 1.167,7% nas vendas externas de alguns segmentos, como cavalos e bovinos reprodutores de raça pura. As exportações atingiram US$ 4,5 milhões em 2011, contra US$ 387 mil em 2010. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pela Fundação João Pinheiro.


O segmento dos produtos intensivos em informação e conhecimento é formado por cinco grupos, dos quais dois apresentaram crescimento e três retração. O destaque foi para produtos da indústria mecânica, elétrica e instrumentos de precisão, com aumento de 28,2% nas exportações. Em 2011, as vendas externas desse grupo alcançaram US$ 803,4 milhões, contra US$ 627,6 millhões no ano anterior.

O segmento que engloba produtos biotecnológicos voltados para saúde humana e animal, fármacos e químicos cresceu 3,6% no período, com US$ 1,16 bilhão em vendas externas. Os principais compradores dos produtos brasileiros são países da América Latina, Estados Unidos, África e Oriente Médio.

Para a pesquisadora da Fundação João Pinheiro, que coordenou a pesquisa, Elisa Maria Pinto Rocha, apesar de o crescimento do grupo de produtos que demandam incorporação de conteúdo tecnológico de alto valor agregado ter sido aquém ao das exportações gerais, já pode ser considerado um bom resultado. Ela ressalta que somente nos últimos dois anos a representatividade das exportações do setor começou a fazer diferença de fato na balança comercial do Estado.

Em Minas, as exportações gerais cresceram 32,6%, enquanto as de produtos intensivos tiveram expansão de 7,5%. A participação da alta tecnologia no montante total foi de 9,5%. No Brasil, alcançou 22,6%. Para Elisa Maria, os fatores que impediram um crescimento maior das exportações do setor foram a valorização do real, o custo Brasil, e a deterioração da infraestrutura do país, como problemas nas estradas e portos.

A empresa Quibasa (Química Básica Ltda), que fabrica reagentes para análises químicas, tem se beneficiado com o crescimento da demanda dos produtos mineiros. No mercado desde 1977, a empresa conseguiu dobrar as exportações em 2011 frente a 2010. Agora, o objetivo é expandir as vendas, que são mais concentradas na América Latina, para o Oriente Médio, segundo os diretores da empresa, os irmãos Sílvio Wandalsen Arndt e Victor Heinrich Arndt Júnior.

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