domingo, 30 de maio de 2010

Bandidos

Honoráveis Bandidos

Honoráveis Bandidos
Um Retrato do Brasil na Era Sarney

1a. edição, 2009

Palmério Dória


Veja ficha completa





Sinopse

Um dos jornalistas mais respeitados do país conta os bastidores do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney. Do Maranhão ao Senado, o livro mostra os cenários e histórias protagonizadas pelo patriarca que virou presidente da República por acidente, transformou o Maranhão no quintal de sua casa e beneficiou amigos e parentes.

Com 50 anos de vida pública, o político mais antigo em atividade no país enfrenta escândalos e a opinião pública. É a partir daí que o livro puxa o fio da meada, utilizando as ferramentas do bom jornalismo investigativo. Sempre com muito bom humor, o jornalista faz um retrato do Brasil na era Sarney, os mandos e desmandos do senador e seus filhos, no Maranhão e no Congresso Nacional.

Leia mais

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Veja entrevista com o autor

"Não vi, não li, não me interessa", diz Sarney sobre "Honoráveis Bandidos"

Livrarias rejeitam lançar "Honoráveis Bandidos" na terra de Sarney, diz autor

Renan Calheiros comemorou preservação de seu mandato com Sarney; leia trecho

Autor de "Honoráveis Bandidos" quer escrever biografia de Anselmo Duarte

http://livraria.folha.com.br/catalogo/1024925/honoraveis-bandidos

O que saiu na imprensa

Diário do Nordeste

O inacreditábel no creditável
(10/01/2010)

Hélio Passos

Li e reli, com calma e revoltante perplexidade, o livro do jornalista Palmério Dória, "Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na Era Sarney", da Editora Geração, e há muitas semanas na lista dos mais vendidos nas revistas semanais do país. Não sei nem o que dizer de tudo - ou quase tudo - o que se fica sabendo da família Sarney, em matéria de nepotismo, corrupção, negociatas etc. Um espanto. Me senti um doido manso, desses que ficam horas pensando em bobagem. Como escritor e jornalista me senti um pouco isto. Um escritor, digamos, de ficção. Um inventor de miolo de pote, que passa dia e noite bolando uma mentira pra botar no papel. Acontece que as revelações do Palmério nos faz ver melhor as verdades que não encontramos nos jornais, geralmente "macios" com Sarney e sua gente. Na leitura dessa obra corajosa, texto forte, citações fortíssimas, imaginei o mundo político "deste país nunca dantes tão imenso", diria o Lula, como um imenso estúdio. Nós somos o elenco. Como a peça é longa, o elenco vai se renovando à medida que caminha o espetáculo. Há sempre o risco de um "exeunt", como numa peça de Shakespeare. O que Palmério diz está no script, mas a direção aceita cacos. Mas uma vez que você disse, está dito. Fica gravado para sempre. É isso mesmo: o mundo que gira ao redor de Sarney é um vastíssimo estúdio, que tem acoplado um mausoléu, um museu da imagem e do som. Ou um arquivo morto. Nada que Palmério Dória revela some no espaço. Tudo que ele revela vai para o armazém. Assim como a memória de um computador. Está tudo lá, inteirinho, na infinita fita. Sem uma vírgula a menos. Meus Deus, com políticos como Sarney, como esta pátria que nos pariu é infeliz!

Fonte: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1024925/honoraveis-bandidos

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Polícia das cidades nos EUA



A organização da Polícia nos Estados Unidos é uma coisa meio embaralhada para entendermos, justamente porque o modelo que adotamos no Brasil é ímpar, e nos países dos quais a copiamos, como Portugal, já foram feitas modificações para adequar aos tempos modernos. Assim, vemos nos filmes e “chutamos” como funciona, mas todas as vezes em que procurei reunir informações sobre o tema, acabei me perdendo e não entendendo muitos pontos, seja pela falta de interesse no tema por estudiosos brasileiros, seja pelo meu inglês capenga.

Porém, com a ajuda de um colega que volta e meia está por lá, acho que consegui reunir informações corretas para entender de vez a estrutura e funcionamento das polícias dos EUA, como a NYPD, LAPD, etc. Vamos lá.

As Polícias mais comumente retratadas nos filmes de Hollywood são o FBI, que equivaleria à nossa PF, e as municipais, como a de Nova Iorque e Los Angeles. Existem porém outras instituições que cumprem papel policial, mas vamos nos ater às últimas, as mais famosas por aqui.

A carreira do policial das cidades é dividida em cargos, e não por patentes. Apesar do nome, nada tem a ver com o modelo militar de organização, com diversas patentes. Os cargos existentes são:

O candidato entra na Polícia e recebe o cargo de Oficial, e trabalha no policiamento ostensivo, uniformizado. Após 2 anos, é possível que ele seja promovido à Detetive. Para isso, é necessário que existam vagas a serem preenchidas, e então deve ele ser aprovado e classificado em um concurso com provas internas, exclusiva para quem já é Oficial. Se ele se classificar, passa a trabalhar em investigações, não usando mais uniforme, a não ser em eventos formais como promoções, solenidades, etc.

Depois de 4 anos, ele poderá ser promovido à Sargento, tendo ele já passado para Detetive ou não. Neste ponto, caso ele não seja ainda Detetive, poderá fazer o exame, e se aprovado nas provas teórica necessárias, passará a Detetive já no cargo de Sargento, deixando de usar o uniforme, e a partir daí recebe uma gratificação extra pelo curso de investigação.

Se ele não quiser ser Detetive, mesmo assim, para ser promovido a Sargento, deve fazer exame que cobra conhecimento de investigação, isto porque ele poderá ser chefe dos Oficiais, e estes devem saber preservar os locais de crime para o bom trabalho dos Detetives. Mas se ele quiser ser Detetive, mas não for aprovado na prova teórica para investigação, será Sargento uniformizado, e poderá chefiar as equipes de Oficiais, que fazem o serviço ostensivo nas ruas, ou cuidar da parte burocrática da delegacia, como triagem das ocorrências, decidindo o que deve ser repassado para os Detetives e que será investigado, manutenção de armamento, cautela de presos, etc.

Depois de 6 anos, o policial poderá ascender ao cargo de Tenente, e passa a ter como função a supervisão das investigações, decidindo que policial vai investigar cada caso, avocar investigação em andamento e repassá-la para outro Detetive, chefiar diligências externas, etc.

Por último existe o cargo de Capitão, que é quem manda no distrito policial (delegacia). Ele dirige toda a parte administrativa, por exemplo, nomeando as duplas de policiais. O Capitão também fica habilitado a concorrer ao posto de Chefe de Polícia, que lá é eleito. Isso mesmo, é uma eleição, é a comunidade residente na área do distrito quem elege o Chefe de Polícia, e é realizada uma eleição, com votos, etc.

Até o cargo de Sargento, é sempre grande o número de vagas disponíveis, sendo necessário para a promoção somente que o Oficial ou o Detetive passem nos exames internos. Já para os cargos seguintes, seu preenchimento se dará de acordo com a necessidade e número de vagas, podendo ser mais demorado.

As forças policiais das cidades não são tão numerosas como nas grandes metrópoles brasileiras, e por isso, quando os policiais que estão em determinada ocorrência percebem que o poder de luta da polícia local não é suficiente, pode solicitar auxílio de um grupamento de fuzileiros navais, que atuarão pontualmente, fazendo o que for necessário por exemplo em casos de confronto armado, se retirando logo após, sendo os trabalhos reassumidos pela polícia.

Para se tornar policial, não se presta exatamente um concurso público como no Brasil. Lá, as forças policiais fazem contratações. É comum ver nos sites oficiais, por exemplo, “NYPD Hiring”, que significa NYPD Contratando! Estas contratações ocorrem quase que o tempo todo, e não há um grande evento, com milhares de inscritos, como por aqui.

Apesar de ser feito externamente, as provas de seleção são um evento bem pequeno. Lá existe grande oferta de vagas em empregos, e a população é relativamente qualificada para diversos trabalhos, então a procura para vagas nas policiais é menor.

Então o candidato é aprovado na prova, entrevistado, e se tudo correr bem, ele começa a Academia de Polícia. O tempo de duração do curso varia bastante em cada cidade, que tem autonomia plena nesta decisão, mas a média é entre 6 meses a 1 anos de curso, e o aluno-policial literalmente mora na Academia, onde recebe aulas sobre Direito, tiro, defesa pessoal, direção defensiva, etc. Durante este tempo, os alunos-oficiais realizam atividades externas, participando de diligências com campana, blitzens policiais, etc, oportunidade em que são avaliados por sua atuação, cordialidade com o público, disciplina, comprometimento, dentre outros importantes critérios.

No post seguinte vamos falar da prerrogativa que têm os policiais para executarem suas atividades, e como é a influência de outros órgãos em suas decisões.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

PETROBRAS


ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DA PETRÓLEO BRASILEIRO S..A. - PETROBRAS, REALIZADA EM 8 DE ABRIL DE 2009

(Lavrada sob a forma de sumário, conforme facultado pelo parágrafo primeiro do artigo 130 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976).


DIA, HORA E LOCAL: Assembléia realizada às 15 horas do dia 8 de abril de 2009, na sede social, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, na Avenida República do Chile, no 65.

.........
Item IV:
Foram reeleitos como membros do Conselho de Administração da Companhia , na forma do voto da União, com mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição, a Senhora Dilma Vana Rousseff, brasileira, natural da cidade de Belo Horizonte (MG), divorciada, economista, com domicílio na Casa Civil da Presidência da República - Praça dos Três Poderes - Palácio do Planalto - 4º andar - salas 57 e 58, Brasília (DF), CEP: 70150-900, portadora da carteira de identidade nº 9017158222, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul - SSP/RS, e do CIC/CPF nº 133267246-91 e os Senhores Guido Mantega, brasileiro, natural de Gênova, Itália, casado , economista, com domicílio no Ministério da Fazenda - Esplanada dos Ministérios - Bloco P - 5º andar - Brasília (DF), CEP: 70048-900, portador da carteira de identidade nº 4135647-0, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 676840768-68; Silas RondeauCavalcante Silva, brasileiro, natural da cidade de Barra da Corda (MA), casado , engenheiro, com domicílio na S..A.U.S. - quadra 3 lote 2 - Bloco C Ed. Business Point - salas 308/309, Brasília (DF), CEP: 70070-934, portador da carteira de identidade nº 2040478, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Pernambuco - SSP/PE, e do CIC/CPF nº 044.004.963- 68; José Sergio Gabriellide Azevedo, brasileiro, natural da cidade de Salvador (BA), divorciado, e conomista, com domicílio na Av. República do Chile, 65, 23º andar - Rio de Janeiro (RJ), CEP: 20031-912, portador da carteira de identidade nº 00693342-42, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia - SSP/BA, e do CIC/CPF nº 042750395-72; Francisco Roberto de Albuquerque, brasileiro, natural da cidade de São Paulo, casado, General de Exército Reformado, com domicílio na Alameda Carolina nº 594, Itu (SP), CEP: 13306-410, portador da carteira de identidade nº 022954940-7, expedida pelo Ministério do Exército e do CIC/CPF nº 351786808-63; e Luciano Galvão Coutinho, brasileiro, natural da cidade de Recife (PE), divorciado, economista, com domicílio na Av.. República do Chil e nº 100 , 19º andar, Rio de Janeiro (RJ), CEP 20031-917, portador da carteira de identidade nº 8925795, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo - SSP/SP, e do CIC/CPF nº 636831808-20.
............ .....
..
Item VII: Pelo voto da maioria dos acionistas presentes, em conformidade com o voto da representante da União,
foi aprovada a fixação da remuneração global a ser paga aos administradores da Petrobras em R$8.266.600, 00 (oito milhões, duzentos e sessenta e seis mil e seiscentos reais), no período compreendido entre abril de 2009 e março de 2010, aí incluídos: honorários mensais, gratificação de férias, gratificação natalina (13º salário), participação nos lucros e resultados; passagens aéreas, previdência privada complementar, e auxílio moradia, nos termos do Decreto nº 3.255, de 19.11.1999, mantendo-se os honorários no mesmo valor nominal praticado no mês precedente à AGO de 2009, vedado expressamente o repasse aos respectivos honorários de quaisquer benefícios que, eventualmente, vierem a ser concedidos aos empregados da empresa, por ocasião da formalização do Acordo Coletivo de Trabalho ACT na sua respectiva data-base de 2009;

São SEIS PESSOAS para dividirem mais de 8 MILHÕES no ano.
Dá mais de CEM MIL REAIS POR MÊS para cada um!

Se alguém achar que é boato... é só acessar o link abaixo:

http://www2. petrobras. com.br/ri/ port/Informacoes Acionistas/ pdf/ATA_AGO_ 08abr09_port. pdf


Ou entre diretamente no portal da Petrobrás. Vá até a página de informações aos acionistas. Procure o link para as atas das assembléias e depois selecione a do dia 08 de abril de 2009.

Agora uma pergunta: Em que condições é possível o acumulo de cargos públicos?

CUIDADO COM O SEU VOTO!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fardas de PMs são compradas em lojas sem nenhuma restrição em B.H


Fardas de PMs são compradas em lojas de MG sem nenhuma restrição

A lei prevê que as lojas credenciadas pela PM só podem vender esse tipo de material para servidores e policiais militares identificados e o vendedor ainda deve fazer o cadastro de quem comprou.


De tempos em tempos, o noticiário policial no Brasil costuma registrar a ação de bandidos que se fazem passar por agentes da lei, às vezes, em uma blitz falsa nas ruas, às vezes, em um assalto a banco. Em Belo Horizonte, os nossos repórteres encontraram uma das explicações para a frequência com que os criminosos atacam dessa forma.

As duas lojas ficam na mesma rua, em frente à Academia da Polícia Militar de Minas, em Belo Horizonte. Os acessórios e fardas da PM são vendidos para qualquer pessoa, sem a necessidade de identificação. Com uma microcâmera nosso produtor pede a farda completa.

Produtor: Eu estou querendo uma calça 44.
Vendedora: Só a calça?
Produtor: E a gandola também.

Gandola é uma camisa usada pelos policiais. Em seguida, nosso produtor escolhe uma patente.

Produtor: Você tem divisa de segundo sargento aí?
Vendedora: Eu tenho.
Produtor: Uma também.
Vendedora: Um par de divisa?
Produtor: É.

Na outra loja, a mesma facilidade para comprar e o vendedor ainda oferece desconto. “A R$ 70,30 no dinheiro”. E pergunta se queremos comprovante também: “Precisa da notinha?”.

Nesta segunda-feira, voltamos às lojas sem a microcâmera. Na primeira, a vendedora negou que não exigisse documentos. Mas, mudou a conversa quando soube como compramos a farda. “Eu vendo mais, assim, pela fisionomia da pessoa”.

Na outra loja, ninguém quis gravar entrevista. O gerente disse que orienta os funcionários a sempre cobrar o documento na hora da venda.

Em Minas Gerais, uma lei prevê que as lojas credenciadas pela PM só podem vender esse tipo de material para servidores e policiais militares identificados e o vendedor ainda deve fazer o cadastro de quem comprou.

Depois de assistir às imagens, o chefe da assessoria da PM, em Minas, capitão Gedir Rocha, disse que vai intensificar a fiscalização.

“Essas lojas serão descredenciadas pela Polícia Militar e a Polícia Militar vai solicitar à prefeitura que o alvará delas sejam cassadas, justamente para que elas não possam continuar vendendo material da Polícia Militar. Estão sujeitas a multa que vai de R$ 500 a R$ 5 mil”.

Todo o material comprado pela nossa equipe foi entregue ao comando da Polícia Militar. Quem usa ilegalmente a farda da Polícia Militar é sujeito a pena de seis meses de cadeia.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/05/fardas-de-pms-sao-compradas-em-lojas-de-mg-sem-nenhuma-restricao.html

Quando o lobby extrapola os limites

Radar on-line

Lauro Jardim

com Paulo Celso Pereira, Ricardo Brito e Thiago Prado



quinta-feira, 20 de maio de 2010 | 20:39

O lobby dos policiais pela aprovação do piso nacional da categoria ultrapassou ontem os limites do razoável. Por volta de meia-noite, Cândido Vaccarezza, o líder do governo, chegou a ser ameaçado quando sinalizou que o governo só negociaria se o valor do piso não fosse incluído, deixando para ser decidido posteriormente.

Em um grupo com policiais visivelmente alterados, um dos militares apontou o dedo para Vaccarezza e simulou como se lhe desse um tiro. Vários deputados reclamaram da quantidade de policiais, vindos de vários estados, que tomaram as dependências da Câmara para pressionar os deputados a votar o projeto.

55 comentários em “Quando o lobby extrapola os limites”

  1. zenilton disse:

    esse comentário faz parte das manobras governista,isso mostra o quanto a pec esta ganhando foça,resumindo isso segnifica desispeiro.pec 300 já.

  2. ANDRÉ SILVESTRE disse:

    GOSTARIA DE SABER O QUE REALMENTE LEVA UM JORNALISTA RENOMADO A PUBLICAR UMA MATÉRIA DESSAS!! SERÁ QUE ELE OUVIU A PARTE QUE ESTÁ SENDO ACUSADA?? SERÁ QUE ELE ACOMPANHA E CONHECE O VACAREZZA??? ENFIM, SERÁ QUE ELE, ANTES DE PUBLICAR ESTÁ MATÉRIA, PROCUROU SABER SOBRE A TÃO SONHADA PEC 300??
    ALGUÉM PODE ME RESPONDER ESSAS PERGUNTAS??

  3. Bruno disse:

    Absurdo o que esses deputados estão fazendo com a classe da segurança publica… falta de respeito. Eles ganham aqueles bons salários e nós morremos a troco de quase nada, deixando a míngua nossas famílias

  4. Misael disse:

    é…ao ler sua matéria da pra ter certeza que não acompanhou a palhaçada que fizeram, as manobras usadas pelo governo para que a pec não fosse votada. É fácil criticar a classe policial pois ela só é valorizada pela população no momento que a mesma precisa de um socorro e para vcs da mídia quanto mais mortes, acidentes, catástrofes melhor pois é o que gera audiência e o salário que um policial/bombeiro militar ganha não deve fazer muita diferença para vcs pois se importam apenas com o salário que ganham que por sinal deve ser bem maior que o de um policial… Engraçado também falar de limites quando o governo não tem limites em usar de artimanhas para impedir que o policial/bombeiro militar ganhe um salário justo e digno pelo trabalho que prestam a sociedade brasileira.

  5. DANIEL disse:

    ESSES CANALHAS CONSTITUÍDOS DESSES POÍTICOS BRASILEIROS NÃO QUEREM SABER DE SEGURANÇA PÚBLICA, ELES SÓ QUEREM É COLOCAR O DINHEIRO NOSSO NA SUA CUECA E IR EMBORA PRA SUAS CASAS COM SEUS SEGURANÇAS E O RESTO QUE SE EXPLODA. INCLUSIVE VOCÊ LAURO, QUE É UM CIDADÃO E COBRA UMA POSTURA DO ESTADO EM RELAÇÃO A CRIMINALIDADE, OU NÃO???. O CIDADÃO DEVERIA UTILIZAR A CABEÇA E VER QUE NÃO ADIANTA NADA O GOVERNO COMPRAR VIATURA, ARMA, TREINAR BEM OS POLICIAIS SE NÃO INVESTE NO CAPITAL HUMANO. VOCÊ É INTELIGENTE LAURO, VOCÊ VAI CHEGAR A CONCLUSÃO QUE POLICIAL MAL PAGO É SINÔNIMO DE SEGURAÇA DEFASADA, INIEFICIENTE, PORTANTO, NÃO ADIANTA NADA COBRAR DOS POLICIAIS UMA SITUAÇÃO QUE NÃO CABE A ELES, MAS SIM DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

  6. wellington antonio de oliveira disse:
    Aguardando aprovação do moderador.

    Fico ESTARRECIDO com o comentário do autor da postagem, que deve estar recebendo algumas benesses. Provavelmente retirou o texto daquí: VACCAREZZA CONTRA A PEC
    PALAVRAS DE VACCAREZZA: “O governo adotou a tática da obstrução para impedir a votação do projeto”
    http://vaccarezza.com.br/camara-fica-refem-de-lobby-policial-durante-votacao/
    Também acredito que por ganhar um excepcional salário, e por não necessitar da Segurança Pública, devido ser um Repórter, e ter Seguranças Particulares (Provavelmente também deve ter Bombeiros particulares em caso de acidentes). Mas, a vida continua senhor repórter… Somos uma classe ENORME. Somando ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS, contabilizamos BEM mais de 1 milhão de ELEITORES nesse imenso BRASIL. Não se iluda somos Brasileiros PATRIOTAS, morremos no dia a dia por você, seus familiares e conhecidos. A Pátria, através dos governantes ATUAIS, devem nos tratar de forma condigna. Fazemos, e, como fazemos parte do SISTEMA. Sem nós, o que seria do Governo? Somos a “linha de frente”… Vamos ver o que o GOVERNO quer. Nos próximos anos teremos eventos de grande porte no Brasil. Como eles querem que tratemos os TURISTAS? Se nos pagam tão mal para cuidarmos dos nossos patrícios?

- Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/sem-categoria/quando-o-lobby-extrapola-os-limites/comment-page-2/#comment-79754

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Equipe de reportagem é abordada por Policiais Federais encapuzados em SP

Repórteres foram confundidos com policiais civis.
Agentes tentaram impedir gravação de ocorrência.

A reportagem sobre a prisão de um fazendeiro terminou em susto para uma equipe do Fantástico, da TV Globo, na madrugada desta sexta-feira (21). Era por volta de 1h quando os repórteres Maurício Ferraz e Eduardo Mendes foram surpreendidos por dezenas de policiais federais encapuzados na região de Araçatuba, a 527 km de São Paulo.

Veja o site do Jornal Hoje

A equipe voltava do Mato Grosso do Sul, acompanhada dos policiais civis que haviam feito a prisão do suspeito. Nos instantes que se seguiram, os policiais federais apontaram as armas para a equipe. O desentendimento tem uma explicação: os agentes pensavam que a Polícia Civil estava envolvida num contrabando de armamento.

Três investigadores foram algemados. Enquanto o desentendimento ocorria, a reportagem gravou a ação dos federais. Um dos agentes caminhou até os repórteres e perguntou: “Vocês são?”. Os repórteres responderam que eram da TV Globo, mas o agente, desconfiado, replicou: “Ah, tá! O pessoal falou que vocês eram da [Polícia] Civil”. A equipe explicou: Não. Eles são da [Polícia ]Civil. Eu ‘tô’ com eles. Nós estamos vindo de uma operação.”

O clima continuou tenso. Os policiais federais vasculharam o carro dos investigadores e, quando viram armas, comemoraram com tiros, pois acharam que tinham encontrado quem eles procuravam. Mas eles haviam se confundido e tentaram impedir que a equipe gravasse as cenas.

A equipe foi liberada pelos policiais. Nenhum equipamento foi apreendido. Os policiais civis foram soltos. Eles registraram um boletim de ocorrência contra os policias federais por abuso de autoridade e constrangimento.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Homenagem ao PT - (Amigos da Pec 300)



Deputados ficam acuados durante votação de PEC 300

Policiais tomaram as galerias para exigir a votação de novo piso da categoria; parlamentares temiam agressões

20 de maio de 2010 | 2h 08
Denise Madueño

O plenário da Câmara ficou praticamente refém na noite de quarta-feira até o início da madrugada desta quinta-feira, 20, pelas galerias tomadas por policiais pressionando pela votação das propostas de emenda constitucional que fixa o piso salarial nacional da categoria e que cria a polícia penal. Às 23h30, o clima de tensão crescente fez com que o primeiro vice-presidente, deputado Marco Maia (PT-RS), suspendesse a sessão e convocasse uma reunião de emergência com os líderes partidários em busca de uma saída para o impasse.

O governo não aceita a aprovação do projeto que fixa na Constituição os valores do piso, assim como parte das bancadas partidárias. Para o governo, a exemplo do que foi feito no caso do piso nacional dos professores, a proposta de emenda constitucional deve apenas criar um piso e remeter para uma lei os valores a serem fixados. Por outro lado, há a pressão dos policiais e deputados que defendem a causa, somados a um grupo de parlamentar preocupado em agradar à categoria em ano eleitoral pensando nos votos nas urnas.

Grande parte da reunião de Marco Maia com os líderes foi em busca de uma saída para encerrar a sessão. Deputados estavam prevendo agressões por parte dos policiais assim que Maia encerrasse a sessão sem a votação do projeto. Deputados diziam estar sendo ameaçados por policiais. Seguranças da Câmara relataram que, na noite de terça-feira, tiveram que fechar as entradas da Casa para impedir uma invasão dos manifestantes.

A reunião de líderes prosseguiu por quase uma hora e meia, enquanto no plenário, os manifestantes entoavam palavras de ordem: "Ô Vaccarezza, cadê você, por causa disso ninguém vota no PT", "Fora Dilma", "Ô deputado, presta atenção, nossa resposta vai ser dada na eleição", Ô Genoino,pode esperar o ficha limpa vai te pegar". Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, e o deputado José Genoino (PT-SP), contestavam a votação do projeto na sessão. A estratégia do governo foi impedir a votação na sessão, atrasando a análise da medida provisória 479, que tranca a pauta. Por pedido do líder governista, a relatora da MP, Gorete Pereira (PR-CE), teve de ler o seu parecer de mais de cem páginas na sessão, provocando o aumento da temperatura entre os manifestantes.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) foi o mediador de um acordo para permitir o encerramento da sessão e a saída dos policiais das galerias. Faria de Sá é o relator da proposta de emenda constitucional da polícia penal e autor de uma das propostas do piso salarial dos policiais. A sessão foi encerrada faltando 2min para 1h, com a volta de Marco Maia e os líderes ao plenário e anunciado o compromisso de, na próxima terça-feira, discutir uma saída para o impasse em uma reunião de líderes.

Nos bastidores, líderes e deputados criticaram a atitude de Marco Maia de incluir o projeto da pauta, criando uma expectativa de votação que não ia acontecer.





2 jorge luiz brito gomes
20 de maio de 2010 | 11h 53Denunciar este comentário

qualquer servidor publico, ou mesmo da iniciativa privada ganham mais que o policial,porem nada funciona sem a policia, escolas, bancos,hospitais,foruns, nada abre se a policia nao estiver nas ruas. deveriam ser mais valorizados, o que vem acontecendo na camara federal é uma vergonha e descaso com a categoria, esquecem que sao homens com formaçao militar,estao tendo muita paciencia com essa situaçao, mais vamos ver ate quando, repito se as policias civil e militar resolverem parar juntas em 3 dias o pais para e quebra podem ter certeza

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,deputados-ficam-acuados-durante-votacao-na-camara,554057,0.htm


terça-feira, 18 de maio de 2010

Carta de um Sargento do Exército


Caros amigos,

Sou 3º sargento do Exército Brasileiro e assim como os outros companheiros de turma, 327 ao todo, ando meio desmotivado com minha profissão.

Minha família ficou tão orgulhosa quando fui aprovado num concurso onde a concorrência se encontrava na casa de 70 inscritos para uma vaga que hoje sinto vergonha de dizer que estou estudando para trabalhar como atendente da Caixa Econômica Federal. Se nada mudar a nosso favor é isso que vai acontecer, pois acredito no meu potencial, e, digo mais, isso é o que vai acontecer com a maioria dos sargentos da minha turma e de outras também. Claro, alguns vão por caminhos diferentes, concursos diferentes, mas todos esses caminhos os presentearão com um pouco mais de dignidade no trabalho.

Camaradas, parece haver um exagero ao dizer que 327 sargentos de uma única turma não se sentem motivados a deixarem as suas famílias e irem defender o seu país, e agora lhes digo, não é exagero. Quer dizer, me desculpem, realmente exagerei, pois 2 dos 327 morreram. Um fora da atividade militar e outro no terremoto do Haiti.

Bem, o descontentamento é geral, incluindo-se aí o universo das praças das três forças. Todo ser humano em sã consciência quer se sentir respeitado, quer seja no trabalho, ou na sua vida social. Não poderia ser diferente no glorioso Exército Brasileiro. Eu quero ser respeitado pela minha instituição, já que na sua formação, em Guararapes, lá por meados de 1600, esse mesmo exército impôs respeito à outra nação e ajudou a manter a dignidade do recém formado povo brasileiro frente aos holandeses. Porque ele não me dá a mesma coisa agora? Já que assim como aqueles que deram a vida pela pátria em Guararapes eu também ofereço a minha pela nação.

A máquina é velha, anda enferrujada e sem perspectiva de melhorias. Para complicar ainda mais a situação, essa mesma máquina velha e enferrujada bateu, estuprou e privou de direitos as pessoas que hoje comandam o país (Fudeu!!! Me desculpem a expressão), daí vem o revanchismo que nos atola cada vez mais nessa lama verde-oliva.

A primeira coisa que te colocam na cabeça quando se entra no EB é que nos somos homens da pátria, mas acho que pútria cairia melhor. Que temos que lhe oferecer dedicação exclusiva e durante 24 horas do dia, que nossa farda é também nossa segunda pele e que a posição do exército em nossa vida está somente abaixo da de Deus ( acho que o capitão que me disse isso não tinha família). Esses são os argumentos para os nossos super-homens tentarem nos transformar em marionetes camuflados.

A Polícia Militar de todos os estados da federação já abriram os olhos e viram que a melhor maneira de motivar seus homens é dando-lhes direitos trabalhistas. Nas PMs um soldado depois que tira seu serviço de 24 hs tem direito a descansar 72 hs (e ele merece até mais). Enquanto isso, em qualquer quartel do EB de qualquer unidade da federação, um Sargento com 1 ano e meio de formação, tira o seu serviço e no outro dia tem que cumprir expediente normalmente durante todos os dias da semana, como se ele tivesse dormido na sua confortável casa do lado da sua linda esposa e seus adoráveis filhos. É isso mesmo, nós trabalhamos por 36 hs e não temos descanso algum.

Acho que essa questão do serviço nunca vai melhorar, já que quem fez o regulamento passou pouco tempo na tropa tirando quarto de hora e nunca tirou mais de um serviço por semana. Mas penso que o RISG (Regulamento dos Serviços Gerais) nos seria um pouco mais generoso se tivesse sido redigido numa guarda de quartel com uniforme completo e sem estar numa sala com ar-condicionado bufando.

Além disso, tem a questão da dedicação integral, que deixa margem para que mais uma vez nossos comandantes façam o que quiserem conosco. Deixem-me exemplificar: se minha unidade vai receber a visita de um general, meu comandante pode, dependendo principalmente do seu grau de puxa-saquismo (A maioria é nota 10 nesse atributo), fazer com que o expediente que era de 8 hs diárias passe para 10 hs ou até mais. Para que isso? Para o soldado brasileiro transformar o aquartelamento em uma unidade do exército americano, tudo isso em menos de uma semana. Para ficar mais didático, o Cmt de OM estará amparado se fizer com que seus comandados apresentem-se às 5 horas da manhã todos os dias para treinar um desfile armado ao som de “atirei o pau no gato” para cantar no dia do aniversário do seu filho de 2 anos. Tem como ficar contente com uma situação dessas? Você ta rindo porque não é com você!

Concordo com a dedicação integral, entretanto somente nos casos especiais como guerra, calamidade pública, estado de sítio, intervenção e etc, mas em tempo de paz eu ter que sacrificar o meu descanso para satisfazer o ego do meu cmt é no mínimo ridículo. Vamos parar de brincar de guerra!!!

O sistema é falho, e me faz pensar que eu não mereço passar por certos eventos. Por exemplo: eu, hoje 3º Sgt de Infantaria, com cinco anos de serviço, fui aprovado num concurso público um tanto quanto concorrido, passei 10 meses na ESA (Agora é 1 ano e meio), em Três Corações-MG, em regime de internato e só saia nos fins de semana recebo ordens de um camarada de se diz militar, formado em 3 meses de serviço, sem concurso de admissão e ganha o dobro que eu só porque quando ele foi se alistar apresentou um comprovante que freqüentava uma faculdade particular de 3ª categoria. Ah se eu soubesse disso na época do meu alistamento!!!

Meus superiores dizem que aqui na força é o melhor lugar do mundo para se trabalhar porque temos ótima comida, alojamentos gratuitos, plano de saúde de boa qualidade, atividade física durante o expediente, um plano de carreira descente e outras mentiras. Meus Cmts, comida deliciosa no exército só vi na AMAN, quando passei alguns dias por lá em uma operação.Era todinho no café da manhã, cardápios variados no almoço e a janta nem se fala, uma delícia realmente. Lá sim, mas na grande maioria do país vocês não levariam suas famílias para jantar numa unidade do Exército.

Alojamentos gratuitos eu não preciso nem comentar, ou alguém se habilita a dormir num lugar onde a luz é desligada as 22 hs, não pode mais fazer barulho e tem que acordar as 6 h da manhã por um toque de corneta desgraçado.

Plano de saúde de boa qualidade é sacanagem. Primeiro o FUSEX não cobre tudo que outros cobrem, tenho que pagar 20% das despesas médicas-hospitalares. Segundo, não posso ser atendido pelo plano em todo lugar do país. Isso para mim basta para dizer que é um plano muito ruim.

Já o treinamento físico durante o expediente eu não posso negar que é muito bom para minha saúde, a não ser quando na segunda a gente tem um corridão, na terça outro corridão, na quarta outro e assim sucessivamente durante o resto do meu mês. (Haja paciência e joelho)

Do plano de carreira eu só preciso dizer que sou sargento faz cinco anos e ainda faltam três ou quatro anos para que eu seja promovido a digníssima graduação de segundo sargento (vou ganhar R$ 400 reais a mais. Ôbaaaa!!!!). Já são dois anos que ouço meu avô me perguntando se eu já sou capitão (kkkkkk). Coitado do meu avô e coitado de mim!!!

Pessoal, se eu tivesse mais tempo escreveria mais um pouco, mas agora tenho que fazer ronda no quartel, estou de serviço.

Aconselho os meus amigos de turma e de profissão (se é que isso é profissão) a estudar muito, tempos mais difíceis virão e fazendo uma paródia com aquela música de Raul Seixas, não podemos ficar sentados no trono de uma guarda esperando a reserva chegar.

Bons estudos e o último que sair do Exército faça um derradeiro favor à pátria, apague a luz.


Pátria! Brasil!


Leia mais: http://criticosdequalquercoisa.blogspot.com/2010/05/carta-de-um-sargento-do-exercito.html#ixzz0oHKVylSN

"O MAIOR CASTIGO PARA QUEM NÃO GOSTA DE POLITICA É SER GOVERNADO PELOS QUE GOSTAM" - Arnold Toynbee -Historiador Inglês

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ÉPOCA Debate: Como melhorar a segurança


A primeira edição de ÉPOCA Debate vai discutir o que o governo federal deve fazer para melhorar a polícia e combater a criminalidade
RICARDO MENDONÇA
  Reprodução

Ana Carolina  Fernandes
ALERTA
Rosas enterradas na areia da Praia de Copacabana, no Rio, em 2007. Elas foram colocadas para simbolizar o total de vítimas de homicídio em quatro meses

Já faz bem mais de 20 anos que estudiosos de diversas tendências concluíram que o modelo de organização das polícias estaduais no Brasil está esgotado. O país continua sendo o único do mundo em que duas corporações dividem a apuração de um mesmo crime. A Polícia Militar faz o atendimento inicial das chamadas, é treinada para o combate e fica responsável por eventuais flagrantes. A Polícia Civil começa seu trabalho quando termina a atuação militar, conduz as investigações e elabora os inquéritos. Além dos prejuízos decorrentes de uma comunicação imperfeita entre as corporações, essa divisão de tarefas gera rivalidade, hostilidade, disputa de verbas e prestígio. O atestado mais eloquente da falência do modelo são os frequentes conflitos em que policiais militares e civis trocam tiros, já ocorridos em vários Estados.

Há mais de 20 anos, fala-se em unir as duas polícias. Tal fusão poderia acabar com as rivalidades e dar eficiência às investigações, já que a falta de cooperação é uma das principais explicações para a crônica precariedade dos inquéritos policiais. Mas a união das polícias, ou qualquer outro tipo de reforma na área, só pode ser feita por mudança constitucional. Do ponto de vista político, isso implica o engajamento do Poder Executivo federal e de um número considerável de lideranças do Congresso. Essa ideia, apresentada como solução para o setor durante anos, esperou tanto tempo para ser apreciada que acabou envelhecendo mesmo sem nunca ter sido testada. Morreu antes de existir. “Hoje, muitos críticos entendem que a fusão não é mais um caminho adequado”, diz o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública e coautor do livro Elite da tropa. “Juntar duas instituições degradadas, com despreparo, desqualificação, formação débil, corrupção e má gestão resultará em problemas ainda maiores.”

Até agora, o tema segurança foi abordado apenas superficialmente pelos principais candidatos à Presidência. Nenhum fez uma defesa detalhada de suas ideias ou apresentou qualquer esboço de programa de governo. Os indícios mais fortes de propostas foram citados em programas populares de TV, de apresentadores especializados em cobertura policial. Na semana passada, em conversa com o apresentador Ratinho, do SBT, o tucano José Serra falou em criar uma “Polícia Federal fardada”, mas não deu detalhes sobre a proposta. Dias antes, no programa do apresentador José Luiz Datena, da Band, Serra prometera criar um Ministério da Segurança.

A petista Dilma Rousseff e Marina Silva não foram além de Serra. Até agora, as duas limitaram-se a dizer que são contra a criação do Ministério da Segurança, posição semelhante à do atual ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Em suas entrevistas, Dilma tem dado ênfase à questão do combate ao tráfico de drogas, como o crack, assunto com conexões com a área de segurança. Marina organizou um debate, mas participou só como ouvinte e não se comprometeu com nenhuma proposta.

Até agora, o tema foi abordado apenas
superficialmente pelos candidatos à Presidência

“Justiça e segurança” é o tema da primeira edição de ÉPOCA Debate 2010, uma série de discussões sobre alguns dos temas mais importantes da agenda nacional que deverão ser enfrentados pelo próximo presidente da República. O evento, aberto à participação de leitores, ocorrerá no dia 18 de maio na sede da Editora Globo, em São Paulo. Os convidados são o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o antropólogo Luiz Eduardo Soares e Denis Mizne, um dos coordenadores da campanha do desarmamento e diretor do Instituto Sou da Paz, entidade fundada em 1997 em São Paulo.

Eles vão debater as responsabilidades diretas que o próximo presidente da República deveria assumir, o foco prioritário dos investimentos e questões como a superpopulação carcerária. A história da unificação das polícias Militar e Civil – que caducou antes de existir – revela como é extremamente difícil para os políticos implementar reformas e inovações na área de segurança, um setor que disputa o topo do ranking das preocupações dos cidadãos. ÉPOCA entrevistou estudiosos para listar as principais propostas que circulam no meio acadêmico, no Congresso, em ONGs e em outras instituições ligadas à área de segurança. Nem todas exigem pesados investimentos do poder público. Tais ideias, que serão discutidas no evento do dia 18, também servem de parâmetro para o debate entre os candidatos sobre o que pode ser feito pelo próximo presidente na área de segurança. As principais:

 Diego Padgurschi
RIVALIDADE
Confronto entre policiais civis e militares em São Paulo, em 2008. Tiros entre as corporações são sinais do esgotamento do atual modelo

Tornar as polícias responsáveis pela apuração completa dos crimes
Depois de abandonar a ideia da fusão das polícias Militar e Civil, muitos passaram a defender um novo conceito de reforma. Pela proposta, elas continuariam separadas, mas com atribuições diferentes das atuais. Cada uma ficaria responsável pela apuração completa de um conjunto predeterminado de crimes, sem interferência da outra, num modelo conhecido como polícia de ciclo completo. Numa das propostas, a Polícia Militar cuidaria exclusivamente dos crimes contra o patrimônio, como roubo, furto e estelionato. Nesses casos, faria o serviço completo, da prevenção ao inquérito. A Polícia Civil ficaria com o ciclo completo do combate ao crime organizado e da apuração dos crimes contra a vida, como homicídios. Outros tipos de delito seriam divididos com a mesma lógica: o responsável assume o serviço completo.


Comentários
  • wellington antonio de oliveira | MG / Bandeira | 17/05/2010 18:14
    PEC 300
    Muito bom o tema em pauta na matéria. Esclareço que o Governo Federal poderá sobremaneira ajudar na questão da Polícias. Ajudando os Estados na complementação Salarial das FORÇAS DE SEGURANÇA estaduais (Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Civil e Outras)... Já está disponibilizando Cursos diversos na rede EAD/SENASP... Não é profícuo ficar querendo "Tampar o Sol com a peneira", dando Bolsas... Vamos ver o que será feito pelos próximos Governantes do Brasil em relação ao Tema. O Ciclo completo de Polícia é Essencial. Valorizem quem dá sua vida em prol da Sociedade. PEC 300 JÁ!!!
  • JOSÉ MARCELO MACHADO MAIA | RJ / Rio de Janeiro | 17/05/2010 16:16
    Segurança Pública
    Fico até sem palavras, pois mais uma vez, tentarão resolver o problema, apenas chamando pessoas, que são merecedoras do meu respeito, e até deveriam ser chamadas, porém cadê o publico alvo do problema. Quanto ao Sr. Luiz Eduardo não precisava nem se pronunciar, pois já é sabido por todos, o que o mesmo pensa das organizações policiais, "nada haver com preconceito". A verdade é que se você quer um funcionário qualificado você terá que investir nele. E isso meus amigos fora os debates, é muito caro. Então eu pergunto estão disposto a investir? Existe Atualmente um Projeto de Emenda Constitucional (PEC 300), que versa sobre a melhoria salarial dos policiais do Brasil, onde nem a imprensa nem as autoridades constituídas, dão a importância devida. Gostaria até de crer que as coisas poderiam mudar, mas sem a aprovação da PEC 300, fica difícil.
  • Abrahão Junior | RJ / Rio de Janeiro | 17/05/2010 15:44
    POR UMA NOVA POLÍCIA
    "O modelo que existe está falido, só quem é cego não vê, ou se enxerga não quer ver. Há de se fazer uma transição para um novo modelo de policia, que contemple boa formação profissional, salários dignos e melhores condições de trabalho. Quanto a formação as instituições sabem muito bem aonde estão seus pontos fracos e que precisam melhorar, no quesito salário temos a PEC 300 que tem sido empurrada com a barriga pelos parlamentares, um verdadeiro descaso não só para com os policiais mas com a sociedade, e qto as condições de trabalho, não basta ter imóveis e viaturas, o trabalho policial precisa ser efetivo e esse modelo falido já provou no mundo inteiro ser fadado ao fracasso. O ciclo completo seria o inicio de uma nova policia, unir as que estão politicamente é inviável, está provado, mas melhorar sua eficiência com o ciclo completo, com certeza traria um novo gás, um novo estimulo e esperança de dias melhores..."

domingo, 16 de maio de 2010

Escuta clandestina é encontrada na Guarda Municipal de BH

Uma escuta clandestina foi encontrada na sala da Guarda Municipal de Belo Horizonte. A prefeitura abriu um processo disciplinar para investigar um coronel e um tenente, que são funcionários comissionados.

Saiba mais na reportagem da TV Alterosa

DINHEIRO SOBRANDO ?


O LULA enviou ao Congresso um projeto de lei para conceder pensão vitalícia aos jogadores da seleção brasileira campeões das Copas de 1958, 1962 e 1970. O texto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira e está publicado no Diário Oficial da União.
Se aprovado, os jogadores ou herdeiros receberão um prêmio de R$ 100 MIL e ainda um auxílio mensal vitalício calculado com base na renda dos ex-jogadores. A mesada será equivalente à diferença entre o que eles recebem atualmente e a aposentadoria máxima da Previdência Social, que é de R$ 3.416,54
Os contemplados estarão isentos de Imposto de Renda e contribuição previdenciária. O pagamento será feito com recursos do Ministério do Esporte.
A concessão da ajuda vinha sendo estudada por parte do Governo há dois anos, no aniversário de 50 anos da primeira conquista do Brasil em Copas, na Suécia, em 1958. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que "nem todos os campeões têm uma condição financeira digna" e, por isso, propôs que a pensão fosse concedida.

Na época, o ex-jogador Tostão publicou uma crônica no jornal Folha de S. Paulo se mostrando contra o benefício. Campeão do mundo em 1970, ele pediu para tirar seu nome da lista, pois pensa que já foi recompensado pela conquista.

"O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época", escreveu.
Mesmo o governo alegando dificuldades e falta de dinheiro para pagar aumento para os aposentados e pensionistas, envia para o Congresso projeto de lei concedendo prêmio de R$ 100 mil e auxílio especial mensal para jogadores, titulares ou reservas, das seleções brasileiras das Copas de 1958, 1962 e 1970.
ISSO É UMA VERGONHA!
ENQUANTO ISSO A PEC 300 ELE TRAVA, PELO JEITO O BRASIL TÁ COM DINHEIRO SOBRANDO... " QUEM QUER DINHEIRO!"?